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Contrabaixo

Em nossas vidas, todos temos as nossas paixões! Nos mais diversos assuntos, sempre temos uma ‘opção’ que nos faz sentir mais fortes…

Por exemplo, a música, que na minha vida em especial, tem uma grande participação!

Simplesmente, adoro música, em seus mais diversos tipos e sons… Rock Pop, Rock Progressivo, Pop, Country Rock, Clássica, etc…

Tenho até uma Webradio (https://www.webradiocall-it.com/ ), na qual estou trabalhando, atualmente, em novas programações. Não tenho seguidores ainda, mas só de ter a radio ativa, já fico feliz.

Também sou fã de um instrumento: Contrabaixo.

Toco contrabaixo elétrico, pois o acústico é muito grande não pode ser transportado com facilidade. Também é conhecido, no Brasil, como Rabecão, ou seja, o bicho é grande, mas lindo!!!

Tirando uma dúvida: Qual a diferença entre o baixo e contrabaixo?

Para começar: baixo ou contrabaixo? A princípio, você pode usar as duas formas para denominar o instrumento. Mas há uma divisão básica e convencional: se o instrumento é elétrico, chamamos de baixo, e quando ele é acústico, de contrabaixo.

Sempre quis ter um, mas…. enquanto não tenho, escrevo crônicas sobre ele……

O Contrabaixista

Era uma vez um contrabaixista chamado Carlos, um homem cuja estatura só era superada pela dimensão de seu amor por seu contrabaixo. Chamava-o de “Berenice”, uma escolha de nome que ele jamais explicava, talvez porque a razão estivesse perdida nas mesmas notas graves que ele tirava das cordas grossas do instrumento.

Carlos vivia num apartamento pequeno, decorado predominantemente por partituras musicais, palhetas perdidas e xícaras de café pela metade, que ele jurava terminar “assim que achasse o tom perfeito”. Berenice tinha seu próprio canto, um suporte feito sob medida que ficava bem ao lado de sua cama. Dizia ele que era para “sentir as vibrações do amor verdadeiro durante a noite”.

Um dia, um vizinho curioso perguntou a Carlos por que ele havia escolhido o contrabaixo, de todos os instrumentos. Carlos, com um olhar distante e uma leve risada, respondeu: “Quando ela fala, o mundo escuta. Quando toco Berenice, não estou só criando música; estou conversando com minha alma.”

Certo dia, Carlos resolveu levar Berenice para um “date” (porque sim, ele acreditava que todos precisam de um passeio ocasional, incluindo contrabaixos). Assim, lá se foi Carlos, pelas ruas, com Berenice a tiracolo, ambos recebendo olhares curiosos e admirados. Sentou-se em um banco de parque, e começou a tocar. Não demorou muito para que um pequeno grupo de pessoas se reunisse ao redor, algumas sorrindo, outras simplesmente hipnotizadas pela estranha cena.

Mas nem todos eram fãs. Uma senhora passou por ele, franzindo o nariz, e murmurou algo sobre “gente excêntrica”. Carlos apenas sorriu e tocou mais alto, cada nota uma resposta suave à incompreensão do mundo.

O grande momento de Carlos e Berenice, contudo, veio durante uma jam session improvisada num bar local. Quando chegou sua vez de solo, Carlos fechou os olhos e deixou que as mãos falassem. As notas eram tão profundas e emocionantes que até o barman teve que parar e ouvir, o shaker de coquetéis pausado no ar.

Quando Carlos terminou, o bar explodiu em aplausos. Ele fez uma reverência, sempre humilde, e sussurrou um agradecimento a Berenice, que, se pudesse, certamente teria corado.

A vida de Carlos era simples, mas rica em notas e ritmos. Seu amor por Berenice era a prova de que a paixão, mesmo que incompreendida, pode ser a mais bela música de todas. E assim, nosso contrabaixista continuava, feliz e satisfeito, tocando a trilha sonora de uma vida extraordinariamente ordinária.

Jethro Tull – Boureé – Com reforço no Baixo

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