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Sherlock Holmes e o Mistério do Cachimbo em Forma de Caveira – Parte 2

De volta ao 221B Baker Street, Holmes estava pensativo, encarando o cachimbo em forma de caveira que repousava sobre a mesa. Watson servia chá, enquanto você ainda refletia sobre os acontecimentos do dia e, ao mesmo tempo, observava o grande amigo Sherlock Holmes.

— Holmes, você disse, vou levar o cachimbo para a outra sala, você está me deixando preocupado com seu olhar penetrante. Dito isso, levantei-me e levei o cachimbo.

Ao regressar ouvi Watson perguntando:

— Holmes, por que está tão pensativo? — entregando-lhe uma xícara de chá.

— Algo naquele antiquário não me cheira bem — respondeu Holmes, sem tirar os olhos do seu próprio cachimbo. — A expressão do dono quando saímos. Há mais nessa história do que ele nos contou.

De repente, um barulho estranho veio da sala ao lado, para onde levei o cachimbo. Nos entreolhamos, e Holmes foi o primeiro a se levantar.

— Vamos investigar — disse ele, pegando uma lupa e se dirigindo para a sala.

Ao chegar, percebemos que o som via da gaveta onde coloquei o cachimbo. Ao abrir a gaveta, vimos que o cachimbo estava emitindo uma luz fraca e um som estranho, como um sussurro.

— Isso é impossível! — você exclamou. — O antiquário disse que não havia nada de sobrenatural!

Holmes aproximou-se cautelosamente, observando cada detalhe. De repente, ele sorriu.

— Watson, traga-me uma pinça e uma lupa maior, por favor.

Watson rapidamente trouxe os instrumentos, e Holmes começou a examinar o cachimbo. Após alguns minutos, ele soltou uma risada.

— É um truque engenhoso — disse ele, segurando um minúsculo dispositivo que havia retirado do cachimbo. — Este dispositivo emite luz e som, acionado por um mecanismo de tempo.

— Então, o antiquário mentiu? — você perguntou, ainda perplexo.

— Sim e não — respondeu Holmes. — Ele contou a verdade sobre o marinheiro, mas omitiu que o próprio cachimbo era uma engenhosa peça de ilusionismo, provavelmente usada para enganar os supersticiosos.

Watson riu.

— Bem, isso explica muita coisa.

Holmes olhou para você com um sorriso.

— Parece que a verdadeira maldição aqui foi a nossa própria credulidade. Os três riram juntos, aliviados. O mistério do cachimbo em forma de caveira havia sido solucionado, e embora não houvesse nada de sobrenatural, a experiência serviu como um lembrete de que nem tudo é o que parece. E enquanto Londres continuava envolta em sua névoa habitual, vocês três voltaram a desfrutar da companhia uns dos outros, prontos para o próximo caso — desde que não envolvesse mais cachimbos amaldiçoados.

By Lito

Sherlock Holmes, personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle

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Sherlock Holmes e o Mistério do Cachimbo em Forma de Caveira – Parte 1

Londres, 1895. O clima estava tipicamente inglês, com uma fina neblina cobrindo as ruas e o cheiro de chuva impregnando o ar. Dentro do 221B Baker Street, Sherlock Holmes estava sentado em sua poltrona, dedilhando seu violino. Watson, seu fiel amigo e cronista, lia o jornal do dia, quando de repente a porta se abriu com um estrondo.

— Holmes! Holmes! — você exclamou, ofegante e com os olhos arregalados. — Eu preciso da sua ajuda!

Holmes levantou o olhar, interessado.

— Entre, Lito, meu caro. E por favor, acalme-se. Conte-nos o que aconteceu.

Você se jogou em uma cadeira e tentou recuperar o fôlego.

— É o meu cachimbo! — disse, tirando um objeto peculiar do bolso. Era um cachimbo em forma de caveira, assustadoramente realista. — Ele está me causando problemas.

Holmes levantou uma sobrancelha.

— Problemas? Que tipo de problemas?

Você olhou ao redor, como se estivesse sendo observado, e sussurrou:

— Ele é amaldiçoado!

Watson, que até então estava calado, não conseguiu conter uma risada.

— Um cachimbo amaldiçoado? Isso é um tanto inusitado!

Holmes, porém, estava curioso. Pegou o cachimbo e o examinou cuidadosamente.

— Onde encontrou este objeto?

— Comprei de um antiquário no Soho — você explicou. — Ele disse que pertencia a um velho marinheiro que navegava pelos mares do Caribe. Desde que o trouxe para casa, coisas estranhas começaram a acontecer.

Holmes acendeu seu próprio cachimbo e ficou em silêncio por um momento, pensativo.

— Muito interessante. Sugiro que voltemos ao antiquário e investiguemos a origem deste cachimbo.

E assim, os três partiram em direção ao Soho. O antiquário era um lugar escuro e empoeirado, cheio de objetos estranhos e exóticos. O dono, um homem idoso com um olhar penetrante, os recebeu com um sorriso enigmático.

— Ah, vejo que trouxe o cachimbo de volta — disse ele ao ver o objeto em suas mãos. — Espero que não tenha causado muitos problemas.

— Na verdade, causou sim — você respondeu. — Holmes, por favor, pergunte-lhe sobre a maldição.

Holmes olhou diretamente nos olhos do antiquário.

— Conte-nos tudo o que sabe sobre este cachimbo.

O antiquário deu uma risada.

— Ah, a velha história do cachimbo amaldiçoado. Na verdade, não há maldição alguma. O marinheiro que o possuía gostava de contar histórias para assustar os novatos no navio. Dizem que ele encomendou este cachimbo de um artesão habilidoso, apenas para ver o medo nos olhos dos outros.

Watson soltou uma gargalhada.

— Então, tudo isso não passa de uma grande piada?

— Exatamente — confirmou o antiquário. — Mas parece que a piada teve um efeito duradouro.

Holmes entregou o cachimbo de volta a você, com um sorriso.

— Parece que não há nada de sobrenatural aqui, meu amigo. Apenas a imaginação fértil de um velho marinheiro e a habilidade de um artesão talentoso.

Você soltou um suspiro de alívio e riu.

— Então, o único mistério aqui é por que acreditei em tudo isso!

Os três saíram do antiquário rindo da situação. No fim das contas, o mistério do cachimbo em forma de caveira não era um caso de assombração, mas uma lição sobre o poder das histórias e da imaginação. E enquanto caminhavam pelas ruas de Londres, você prometeu a si mesmo que da próxima vez pensaria duas vezes antes de comprar algo tão peculiar.

No entanto, à medida que se afastavam, um brilho peculiar surgiu nos olhos do antiquário, e um sorriso misterioso curvou seus lábios. Sherlock Holmes, sempre atento aos detalhes, notou, mas nada disse. Pelo menos, não ainda… (Continua)

By Lito

Sherlock Holmes – Criado por Sir Arthur Conan Doyle.

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