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Grandes Violonistas e Guitarristas

Hoje: Al Di Meola

Al Di Meola: Uma lenda viva no mundo do Violão e da Guitarra

Al Di Meola, é considerado uma lenda viva no mundo da guitarra, dono de uma carreira longa e versátil, com mais de trinta álbuns lançados (entre carreira solo, projetos e álbuns ao vivo) e uma trajetória profissional de quatro décadas.

O guitarrista Jim Matheos fundador da banda de metal progressivo Fates Warning, diz o seguinte a respeito de Di Meola: “Al Di Meola é um músico formidável e incomum, completo e inovador tanto na guitarra quanto no violão. É impossível superá-lo em termos de precisão rítmica”.

Início da Carreira

Primoroso, em termos de ritmo e técnica, Al Di Meola costuma partir de suas raízes no Jazz e passear com êxito pelo Rock, Pop, Flamenco, World Music, Música Latina, Brasileira, e exímias interpretações e versões de grandes artistas e compositores como Astor Piazzola e The Beatles.

Nascido em 22 de julho de 1954, em New Jersey (EUA), ingressou na Berklee College of Music em Boston, Massachusetts aos 17 anos em 1971 e nessa época já impressionava por sua expressividade, precisão e palhetadas fabulosas. Aos 19 anos foi chamado pelo pianista e tecladista Chick Corea para o super grupo de Fusion, Return To Forever, com o qual recebeu um Grammy pelo disco No Mystery (1975).

Carreira Solo e a Consagração

Após o recesso do grupo Return To Forever no final de 1976 Meola saiu em carreira solo. O filho de descendentes italianos lançou seu primeiro disco em 1976 (Land Of The Midnight Sun) e na primeira década de sua carreira Al mostrou um apetite voraz pela composição lançando oito álbuns em nove anos (1976-1985) e alguns se mostraram verdadeiras obras primas, como os consagrados Elegant Gypsy e Casino (1977 e 1978 respectivamente).

A fusão de estilos criada por Meola e a sua velocidade até então jamais vista na guitarra, influenciou guitarristas virtuosos que hoje figuram entre os mais famosos do globo como: Steve Vai, John Petrucci e Zakk Wylde. Os três guitar heroes são fãs declarados do músico.

Parceria com Paco de Lucia e John Mc Laughlin

Em 1980 Meola se juntou a John McLaughlin e Paco de Lucia formando um trio de violões que misturava a música flamenca com influências de outras culturas. E em 1981 foi lançado um disco ao vivo fruto dessa união Friday Night in San Francisco, que foi aclamado pelo público e pela crítica vendendo milhões de cópias, o que colocou os músicos do trio em um novo patamar de popularidade e respeito.

A Segunda Metade da Carreira

Na volta ao percurso solista Al lançou Scenario em 1983, e em 1985 assinou Cielo e Tierra com o notável percursionista brasileiro Airto Moreira. Carla Sandroni, Egberto Gismonti e Milton Nascimento também estão entre os nossos compatriotas com os quais ele já trabalhou.

Na década de 1990, saíram outros registros marcantes do músico, Kiss My Axe de 1991 e The Rite Of Strings de 1995, em companhia de Stanley Clark e Jean-Luc Ponty.

No século XXI, Meola voltou a lançar discos memoráveis como Consequence Of Chaos (2006), Pursuit of Radical Rhapsody (2011) e Elysium de 2015. Nos últimos anos Al renovou sua banda solo e participou de CDs de músicos como Manuel Barrenco, Derek Sherinian, entre outros.

A Obsessão pela Palhetada Alternada, e a Rejeição às Outras Técnicas

Al considera a técnica de palhetada alternada tão eficiente e funcional que se especializou nela, e praticamente despreza todas as outras.

Segundo o guitarrista, outras técnicas como hammer on, pull off e sweep picking funcionam como um atalho, e se o estudante ficar viciado no emprego de apenas essas técnicas, não irá evoluir ao máximo a sua coordenação na mão responsável pelo ritmo, que na guitarra tende a ser a mão direita.

  • Thiago Mingues da Silva – Blog Guitarpedia – Outubro de 2016
Nome da Musica: Capoeira
Discografia – TituloDetalhes dos Albuns
Land of the Midnight SunReleased: October 25, 1976
Label: Columbia
Formats: LP, CD, download
Elegant GypsyReleased: 1977
Label: Columbia
Formats: LP, CD, 8T, download
CasinoReleased: February 25, 1978
Label: Columbia
Formats: LP, CD, download
Splendido HotelReleased: May 10, 1980
Label: Columbia
Formats: LP, CD, download
Electric RendezvousReleased: 1982
Label: Columbia
Formats: LP, CD, download
ScenarioReleased: 1983
Label: Columbia
Formats: LP, CD, download
Cielo e TerraReleased: 1985
Label: Manhattan
Formats: LP, CD
Soaring Through a DreamReleased: 1985
Label: Manhattan
Formats: LP, CD
Tirami SuReleased: 1987
Label: Manhattan
Formats: LP, CD
World SinfoniaReleased: 1991
Label: Tomato
Formats: LP, CD
Kiss My AxeReleased: 1991
Label: Tomato
Formats: LP, CD
World Sinfonia II – Heart of the ImmigrantsReleased: 1993
Label: Tomato
Formats: CD
Orange and BlueReleased: 1994
Label: Tomato
Formats: CD
Di Meola Plays PiazzollaReleased:November 5, 1996
Label: Atlantic
Formats: CD, download
The Infinite DesireReleased: August 18, 1998
Label: Telarc
Formats: CD, download
Winter NightsReleased: September 1, 1999
Label: Telarc
Formats: CD, download
World Sinfonía III – The Grande PassionReleased: October 24, 2000
Label: Telar
Formats: CD, download
Flesh on FleshReleased: August 27, 2002
Label: Telarc
Formats: CD, download
Consequence of ChaosReleased: September 26, 2006
Label: Telarc
Formats: CD, download
Vocal RendezvousReleased: May 19, 2006
Label: SPV
Formats: CD
Diabolic Inventions and Seduction For Solo GuitarReleased: January 8, 2007
Label: Di Meola Productions
Formats: CD, download
Pursuit of Radical RhapsodyReleased: March 15, 2011
Label: Concord
Formats: CD, download
All Your Life (A Tribute to the Beatles)Released: September 10, 2013
Label: Valiana/Songsurfer
Formats: LP, CD, download
ElysiumReleased: May 22, 2015
Label: in-akusitik
Formats: LP, CD, download, streaming
OpusReleased: February 23, 2018
Label: earMUSIC
Formats: LP, CD, download, streaming
Across the UniverseReleased: March 13, 2020
Label: earMUSIC
Formats: LP, CD, download, streaming
TwentyfourRelease: July 19, 2024
Label: earMUSIC
Format: LP, CD, download, streaming
Discografia Al Di Meola
Nome da Musica: Race With Devil On Spanish Highway

Vamos à Crônica nossa de cada dia…….

Meu Violão e Eu: Um sonho e uma Sinfonia do Cotidiano

Quando olho para o meu violão encostado no canto da sala, ele parece apenas mais um móvel, um pedaço de madeira com cordas. Mas basta um toque para que ele se transforme em algo mágico, como se de repente um universo inteiro de possibilidades musicais se abrisse diante de mim. E é nesse momento que me lembro das lendas Al Di Meola e Paco de Lucia, mestres que transformaram a arte de tocar violão em algo sobrenatural.

Para mim, tocar violão é um exercício diário de paciência e amor. Cada manhã, logo após o café, pego meu companheiro de seis cordas e começo a dedilhar. A princípio, as notas saem tímidas, como se também estivessem despertando de um sono profundo. Mas com o tempo, elas ganham confiança e começam a fluir de maneira mais harmoniosa. Nessas horas, gosto de pensar que estou em uma jam session imaginária com Di Meola e de Lucia, cada um deles sorrindo e me incentivando a explorar novos caminhos sonoros.

Claro, não vamos nos enganar: meu talento está a 100 milhões de anos-luz de distância desses gigantes. Enquanto eles tocam com uma destreza que faz o violão parecer uma extensão natural de seus corpos, eu luto para acertar uma escala sem que meus dedos se enrolem como espaguete. Mas é justamente aí que está a beleza: a música é uma jornada, não um destino. E cada pequeno progresso, cada acorde bem executado, é motivo de celebração.

Às vezes, minha esposa passa pela sala e lança um olhar curioso, misto de aprovação e pena. “Lá está ele de novo, tentando ser o Al Di Meola de Lindóia”, ela pensa, mas sem dizer nada. Em outros momentos, nosso gato se deita aos meus pés, talvez atraído pelas vibrações das cordas ou simplesmente pelo calor do momento. E assim, formamos uma pequena audiência, onde cada um de nós é transportado para um mundo onde a música é a única linguagem necessária.

Em noites de inspiração, arrisco até mesmo tocar algo de Paco de Lucia. Claro, minhas versões são simplificadas, quase paródias do original, mas o prazer de tentar já vale a pena. Fecho os olhos e imagino estar em um palco, as luzes brilhando, a plateia em silêncio absoluto, esperando o próximo acorde. E quando finalmente toco a última nota, abro os olhos e percebo que a única plateia é meu gato, agora dormindo profundamente.

Mas não importa. Porque, no fim das contas, a música é para mim. É a minha forma de meditação, meu escape do mundo real. E se em algum momento eu conseguir capturar um pouco da magia que Al Di Meola e Paco de Lucia trouxeram para o mundo, então já terei alcançado mais do que jamais imaginei.

Então, com meu violão ao lado, continuo a dedilhar, a errar, a aprender e, acima de tudo, a desfrutar. Afinal, a vida é uma grande sinfonia, e cada um de nós tem sua própria melodia a contribuir. E que melodia maravilhosa é essa que estou compondo, um acorde de cada vez…

Aí eu acordo!!! Meio nauseabundo… e vejo: não é o meu violão que está no canto da sala, mas uma vassoura que me olha dizendo: Vai trabalhar, vagabundo… 

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Contrabaixo

Em nossas vidas, todos temos as nossas paixões! Nos mais diversos assuntos, sempre temos uma ‘opção’ que nos faz sentir mais fortes…

Por exemplo, a música, que na minha vida em especial, tem uma grande participação!

Simplesmente, adoro música, em seus mais diversos tipos e sons… Rock Pop, Rock Progressivo, Pop, Country Rock, Clássica, etc…

Tenho até uma Webradio (https://www.webradiocall-it.com/ ), na qual estou trabalhando, atualmente, em novas programações. Não tenho seguidores ainda, mas só de ter a radio ativa, já fico feliz.

Também sou fã de um instrumento: Contrabaixo.

Toco contrabaixo elétrico, pois o acústico é muito grande não pode ser transportado com facilidade. Também é conhecido, no Brasil, como Rabecão, ou seja, o bicho é grande, mas lindo!!!

Tirando uma dúvida: Qual a diferença entre o baixo e contrabaixo?

Para começar: baixo ou contrabaixo? A princípio, você pode usar as duas formas para denominar o instrumento. Mas há uma divisão básica e convencional: se o instrumento é elétrico, chamamos de baixo, e quando ele é acústico, de contrabaixo.

Sempre quis ter um, mas…. enquanto não tenho, escrevo crônicas sobre ele……

O Contrabaixista

Era uma vez um contrabaixista chamado Carlos, um homem cuja estatura só era superada pela dimensão de seu amor por seu contrabaixo. Chamava-o de “Berenice”, uma escolha de nome que ele jamais explicava, talvez porque a razão estivesse perdida nas mesmas notas graves que ele tirava das cordas grossas do instrumento.

Carlos vivia num apartamento pequeno, decorado predominantemente por partituras musicais, palhetas perdidas e xícaras de café pela metade, que ele jurava terminar “assim que achasse o tom perfeito”. Berenice tinha seu próprio canto, um suporte feito sob medida que ficava bem ao lado de sua cama. Dizia ele que era para “sentir as vibrações do amor verdadeiro durante a noite”.

Um dia, um vizinho curioso perguntou a Carlos por que ele havia escolhido o contrabaixo, de todos os instrumentos. Carlos, com um olhar distante e uma leve risada, respondeu: “Quando ela fala, o mundo escuta. Quando toco Berenice, não estou só criando música; estou conversando com minha alma.”

Certo dia, Carlos resolveu levar Berenice para um “date” (porque sim, ele acreditava que todos precisam de um passeio ocasional, incluindo contrabaixos). Assim, lá se foi Carlos, pelas ruas, com Berenice a tiracolo, ambos recebendo olhares curiosos e admirados. Sentou-se em um banco de parque, e começou a tocar. Não demorou muito para que um pequeno grupo de pessoas se reunisse ao redor, algumas sorrindo, outras simplesmente hipnotizadas pela estranha cena.

Mas nem todos eram fãs. Uma senhora passou por ele, franzindo o nariz, e murmurou algo sobre “gente excêntrica”. Carlos apenas sorriu e tocou mais alto, cada nota uma resposta suave à incompreensão do mundo.

O grande momento de Carlos e Berenice, contudo, veio durante uma jam session improvisada num bar local. Quando chegou sua vez de solo, Carlos fechou os olhos e deixou que as mãos falassem. As notas eram tão profundas e emocionantes que até o barman teve que parar e ouvir, o shaker de coquetéis pausado no ar.

Quando Carlos terminou, o bar explodiu em aplausos. Ele fez uma reverência, sempre humilde, e sussurrou um agradecimento a Berenice, que, se pudesse, certamente teria corado.

A vida de Carlos era simples, mas rica em notas e ritmos. Seu amor por Berenice era a prova de que a paixão, mesmo que incompreendida, pode ser a mais bela música de todas. E assim, nosso contrabaixista continuava, feliz e satisfeito, tocando a trilha sonora de uma vida extraordinariamente ordinária.

Jethro Tull – Boureé – Com reforço no Baixo

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Rock Progressivo – Introdução

Pink Floyd

Rock progressivo é um estilo musical que surgiu no final da década de 60, no Reino Unido, e ficou muito conhecido a partir da década de 70. O Estilo recebeu influência direta da música clássica, e do Jazz Fusion. Deste estilo surgiu o Rock sinfônico, Space rock, e Metal progressivo. O estilo também foi influenciado pelo rock Psicodélico, e pela banda The Beatles, em sua fase final. A banda mais famosa no rock progressivo é a banda inglesa Pink Floyd.

Genesis

O Rock progressivo surgiu de forma avassaladora nos anos 70, porém na mesma década perdeu força para o Punk Rock. Ainda hoje as bandas do estilo são muito bem conceituadas. No reino unido, Pink Floyd foi uma febre, o álbum The Dark Side of the Moon foi um dos mais vendidos na Inglaterra, em todos os tempos. Estima-se (dado não oficial) que 8 em cada 10 casas do Reino Unido tem um disco ou CD do Pink Floyd.

A banda Renaissance, e a banda Queen, são dois exemplos de bandas que passaram a tocar rock progressivo após o início da carreira.  Nos anos 70 surgiu a banda Kansas, uma das pioneiras do rock progressivo nos EUA.

No Brasil, a banda Os Mutantes se destaca, por inovar bastante o rock progressivo, misturando outros estilos. A banda é conceituada no exterior, já tendo feio shows no Reino unido e outros países da Europa.

Características do rock progressivo:

Músicas com composições longas, com músicas complexas e harmoniosas, lembrando a Música Erudita Algumas músicas, chamadas Épicas, atingem mais de 20 minutos, como é o caso da música “Echoes” com 23 minutos e meio, “Shine on you Crazy Diamond” e “Atom Hearth Mother” com 23:41 minutos, ambas do Pink Floyd e Thick as a Brick do Jethro Tull

As letras abordam temas épicos, assim como ficção científica, guerra, ódio, entre outros. A banda Pink Floyd focou muitas músicas na guerra, um dos álbuns da banda gerou um filme, The Wall.

Álbuns conceituais, onde o tema do álbum é trabalhado aos poucos durante o álbum, até chegar no desfecho. O maior exemplo de álbum conceitual é The Wall, que se tornou filme. No filme, as cenas são baseadas nas músicas.

Uso de instrumentos eletrônicos, e também flauta, Violoncelo, trompete, entre outros.

Existe uma teoria de que o álbum The Dark Side of the Moon foi feito em homenagem ao filme O Mágico de Oz, e as músicas seriam uma trilha sonora do filme. Para comprovar o fato, basta sincronizar o The Dark Side of the Moon com O Mágico de Oz, reproduzindo o álbum no terceiro rugido do leão da Metro Golden Mayer. A letra das músicas, assim como a parte sonora, tem total sincronia com o filme. Um exemplo é na parte onde o filme passa de preto e branco para colorido. Nesse trecho, começa a música “Money”, que significa “dinheiro” em inglês.

Mais sobre Rock Progressivo

Também abreviado por prog rock ou prog; às vezes confundido com art rock, é um amplo gênero de rock que se desenvolveu no Reino Unido e nos Estados Unidos em meados da década de 1960, atingindo o pico no início da década de 1970.

Inicialmente denominado “pop progressivo“, o estilo era uma consequência de bandas psicodélicas que abandonaram as tradições pop padrão em favor de instrumentação e técnicas de composição mais frequentemente associadas ao jazz, folk, ou música clássica. Elementos adicionais contribuíram para seu rótulo de “progressivo”: as letras eram mais poéticas, a tecnologia era aproveitada para novos sons, a música se aproximava da condição de “arte” e o estúdio, mais do que o palco, tornou-se o foco da atividade musical, que muitas vezes envolvia criar música para ouvir em vez de dançar.

O estilo musical buscava uma fusão da música pop e do rock com outros gêneros de harmonia mais complexa. Na sua essência, o som progressivo extrapolava o formato canção em músicas com longuíssimos trechos instrumentais, muitas vez compondo os chamados “álbuns conceituais”, discos que contavam uma história ou possuíam alguma ligação temática entre suas faixas. Assim como a guitarra elétrica se tornou marca registrada do rock n’ roll, o teclado se tornou parte inerente do estilo, alcançando ou até mesmo superando sua condição de principal instrumento.

Tornou-se muito popular na década de 1970, quando o gênero alcançou seu ápice e também sua própria queda de popularidade.

Características

De acordo com entrevistas concedidas pelas bandas em documentários, não houve uma organização consciente de formação do estilo e seus protagonistas geralmente rejeitam ser rotulados, bem como, nas composições não havia padrão a ser seguido quanto a duração e forma. As principais características do rock progressivo incluem:

Elementos essenciais

  • Composições longas, com harmonia e melodias complexas, por vezes atingindo 20 minutos ou mesmo o tempo de um álbum inteiro, sendo muitas vezes chamadas de épicos, como as canções “Echoes”, “Shine On You Crazy Diamond” e “Atom Heart Mother” do Pink Floyd, ou “Supper’s Ready” do Genesis;
  • Letras que abordam temas como ficção científica, fantasia, religião, guerra, amor, loucura e história;
  • Álbuns conceituais, nos quais o tema ou história é explorado ao longo de todo o álbum, como 2112 e Hemispheres do Rush, Animals e The Wall do Pink Floyd;
  • Vocalizações pouco usuais e uso de harmonias vocais múltiplas, como feito pelos grupos Magma, Robert Wyatt e Gentle Giant;
  • Uso proeminente de instrumentos eletrônicos, particularmente de teclados (como órgão Hammond, piano, mellotron, sintetizadores Moog e sintetizadores ARP), além da combinação usual do rock de guitarra, baixo e bateria;
  • Uso de instrumentos pouco ligados à estética do rock, como a flauta,  violoncelo, violino,  bandolim, trompete e corne inglês;
  • O uso de síncope, compassos compostos e mistos, escalas musicais e modos complexos, como o início do álbum Close To The Edge do grupo Yes;
  • Enormes solos de praticamente todos os instrumentos, expressamente para demonstrar o virtuosismo e feeling dos músicos, que contribuíram para a fama de intérpretes como Rick Wakeman, Neil Peart, David Gilmour e Greg Lake;
  • Inclusão de peças clássicas nos álbuns, como o grupo Emerson Lake & Palmer, que incluía partes extensas de peças de Bach em seus álbuns.

Modelos de composição

As composições do rock progressivo muitas vezes se inspiravam nos moldes das “suítes” eruditas:

  • A forma de uma peça que é subdividida em várias à maneira da música erudita. Um bom exemplo disso é “Close to the Edge” e “And You And I” do Yes no álbum Close to the Edge, que são divididas em quatro partes, ou “2112” do Rush dividida em sete partes, ou até mesmo a instrumental “La villa Strangiato” dividida em onze partes. Outros exemplos mais recentes do metal progressivo são “A Change of Seasons” (do álbum A Change Of Seasons) e “Octavarium” (do álbum Octavarium) do Dream Theater, que é dividida em sete e cinco partes, respectivamente; e “Through the Looking Glass” (três partes), “The Divine Wings of Tragedy” (sete partes) e “The Odyssey” (sete partes) do Symphony X;
  • Composição feita de várias peças, estilo “manta de retalhos”. Bons exemplos são: “Supper’s ready” do Genesis no álbum Foxtrot e o álbum Thick as a Brick do Jethro Tull;
  • Harmonias feitas com base em tríades, utilizando progressões não tão usuais, o progressivo (com algumas exceções, como o grupo de Rock Progressivo Soft Machine) não utilizam acordes com sonoridades dissonantes, como feito na Bossa Nova e no Jazz;
  • Uma peça que permite o desenvolvimento musical em progressões ou variações à maneira de um bolero. “Abbadon’s Bolero” do trio Emerson, Lake & Palmer, “King Kong” do álbum Uncle meat de Frank Zappa são bons exemplos.

História

O rock progressivo foi tocado pela primeira vez no final dos anos 1960, no entanto, se tornou especialmente popular no início da metade dos anos 1970. No final dos anos 1960, algumas bandas – geralmente da Inglaterra – começaram a experimentar formas de músicas mais longas e complexas pois os jovens músicos daquela geração estavam vivendo a “contracultura” que rompia com a cultura pop e hippie, ao passo que as gravadoras concediam liberdade de criação aos artistas contribuindo para um leque ilimitado de possibilidades em estúdio. O termo “rock progressivo” foi cunhado pela imprensa nos anos 1970 pela necessidade jornalística de atribuir rótulos ao escrever matérias e resenhas.

Inicialmente chamado de “pop progressivo”, o estilo era uma consequência de bandas psicodélicas que abandonaram as tradições pop padrão em favor de instrumentação e técnicas de composição mais frequentemente associadas ao jazz, folk ou música clássica. Elementos adicionais contribuíram para seu rótulo “progressista”: as letras eram mais poéticas, a tecnologia era aproveitada para novos sons, a música aproximava-se da condição de “arte”, e o estúdio, não o palco, tornou-se o foco da atividade musical, muitas vezes criando música para ouvir em vez de dançar.

Abaixo está uma pequena discografia selecionada para quem busca saber mais sobre prog (existem muitos outros discos excelentes, as indicações abaixo são só pra começar a curtir), bem como uma playlist com alguns dos maiores clássicos do estilo:

  • King Crimson – In the Court of the Crimson King (1969)
  • ELP – Emerson, Lake & Palmer (1970)
  • Van der Graaf Generator – H to He Who Am the Only One (1970)
  • Yes – The Yes Album (1971)
  • Caravan – In the Land of Grey and Pink (1971)
  • Genesis – Nursery Crime (1971)
  • Yes – Fragile (1971)
  • ELP – Tarkus (1971)
  • Jethro Tull – Aqualung (1971)
  • Pink Floyd – Meddle (1971)
  • Van der Graaf Generator – Pawn Hearts (1971)
  • Genesis – Foxtrot (1972)
  • Premiata Forneria Marconi – Storia di un minuto (1972)
  • Yes – Close to the Edge (1972)
  • Jethro Tull – Thick as a Brick (1972)
  • Gentle Giant – Octopus (1972)
  • ELP – Brain Salad Surgery (1973)
  • King Crimson – Lark’s Tongues in Aspic (1973)
  • Genesis – Selling England by the Pound (1973)
  • Pink Floyd – The Dark Side of the Moon (1973)
  • King Crimson – Red (1974)
  • Supertramp – Crime of the Century (1974)
  • Camel – Mirage (1974)
  • Yes – Relayer (1974)
  • Genesis – The Lamb Lies Down on Broadway (1974)
  • Pink Floyd – Wish You Were Here (1975)
  • Mike Oldfield – Ommadawn (1975)
  • Camel  – The Snow Goose (1975)
  • Van der Graaf Generator – Godbluff (1975)
  • Rush – 2112 (1976)
  • Camel – Moonmadness (1976)
  • Pink Floyd – Animals (1977)
  • Rush – A Farewell to King (1977)
  • Rush – Hemispheres (1978)
  • Pink Floyd – The Wall (1979)
  • King Crimson – Discipline (1981)

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Alan Parsons

Se vocês tiverem curiosidade em ouvir a minha Webradio, irão perceber que sou um FÃ alucinado da banda The Alan Parsons Project!

Como é comum entre talentos da música, desde a mais tenra idade, o produtor e compositor inglês, Alan Parsons, começou sua carreira como técnico de gravação estagiário da gravadora EMI.

Em seguida, foi contratado pelo estúdio Abbey Road, onde participou de nada menos do que a gravação do álbum homônimo dos Beatles.

Antes de caminhar pelas estradas do sucesso como músico e com uma experiência considerável na bagagem, produziu o lendário álbum Dark Side of the Moon (1973) da banda de rock progressivo Pink Floyd, que lhe rendeu uma indicação ao Grammy de melhor mixagem no ano seguinte. Parsons ainda mixou trabalhos solo de artistas como Paul McCartney, George Harrison, The Hollies e Al Stewart, em seu álbum Year of the Cat (1976).

Em 1976, decidiu produzir seu próprio disco, agora atuando não só como técnico, mas também como músico. Uniu-se ao empresário e compositor Eric Woolfson e fundou o Alan Parsons Project, mantendo o estilo new age com pitadas de rock progressivo, que transformou em música e letras com temas peculiares. O primeiro álbum, de 1976 chamou-se Tales of Mistery and Imagination e foi inspirado na obra do escritor inglês Edgar Allan Poe.

Já no ano seguinte, I, Robot teve como musa inspiradora a ficção científica do livro de mesmo nome de Isaac Asimov. No final dos anos 80, porém, Woolfson seguiu outro caminho e Parsons decidiu continuar com o Project.

Em 1982, foi lançado seu maior hit. O incansável refrão ‘I can read your mind’ reverberava nas paradas, com o álbum Eye in the Sky, que ganhou inúmeros discos de ouro e platina no mundo inteiro.

Em seu último trabalho, A Valid Path lançado em 2004, Alan Parsons inova, mergulhando na música eletrônica presente em canções inéditas e em novas versões de algumas já bastante conhecidas. O álbum tem ainda a participação de David Gilmour, guitarrista do Pink Floyd.

The Alan Parsons Project

É um grupo de rock inglês formado nos fins dos anos 70 inícios dos anos 80 e foi fundado por Alan Parsons e Eric Woolfson.

Muitos dos seus títulos, especialmente os primeiros, partilham traços comuns com The Dark Side of the Moon do Pink Floyd, talvez influenciado pela sua participação como engenheiro de som na produção deste álbum em 1973. Eram álbuns conceituais que começavam com uma introdução instrumental esvanecendo-se na primeira canção, uma peça instrumental no meio do segundo lado do LP e terminavam com uma canção calma, triste e poderosa. (No entanto, a introdução instrumental só foi realizada até 1980 – a partir desse ano, nenhum álbum exceto “Eye In The Sky” possuiu uma.)

O grupo era bastante incomum na continuidade dos seus membros. Em particular, as vocalizações principais pareciam alternar entre Woolfson (principalmente nas músicas lentas e tristes) e uma grande variedade de vocalistas convidados escolhidos devido às suas características para interpretar determinado tema.

Mesmo assim, muitos sentem que o verdadeiro cerne do Projeto consistia exclusivamente de Alan Parsons e Eric Woolfson. Eric Woolfson era um advogado, por profissão, mas também um compositor clássico treinado e pianista. Alan Parsons era um produtor musical de grande sucesso. Ambos trabalharam juntos para conceber canções notáveis e com uma fidelidade impecável.

Andrew Powell (compositor e organizador de música de orquestra durante a vida do projeto), Ian Bairnson (guitarrista) e Richard Cottle (sintetizador e saxofonista) também se tornaram partes integrais do som do Projeto. Powell é também acreditado por ter composto uma banda sonora ao estilo do Projeto para o filme Feitiço de Áquila (Ladyhawke em inglês) de Richard Donner.

Discografia

1975 Tales of Mystery and Imagination, Edgar Allan Poe – Baseado em histórias do escritor Edgar Allan Poe. A posterior reedição em CD (1987) tinha uma introdução falada por Orson Welles.

1977 I Robot – É o título da obra de Isaac Asimov. Muitas das canções deste álbum são baseadas em novelas deste escritor. O álbum é chamado de “uma visão do amanhã através dos olhos de hoje”.

1978 Pyramid – O Antigo Egipto emerge repetidamente, o álbum é chamado de “uma visão do ontem através dos olhos de hoje”.

1979 Eve – Acerca das mulheres.

1980 The Turn of a Friendly Card – Acerca do jogo.

1982 Eye in the Sky – Acerca da Vida e do Universo, contém o seu single mais famoso, “Eye in the Sky.” “Sirius,” uma faixa instrumental que imediatamente precede “Eye in the Sky” no álbum, é frequentemente utilizada como música de entrada por equipes desportivas americanas; é provavelmente mais conhecida pelo seu uso pelos Chicago Bulls durante a era Michael Jordan.

1983 Ammonia Avenue, este é o seu álbum melhor sucedido comercialmente.

1984 Vulture Culture, uma crítica ao consumismo e, em particular, à cultura popular americana.

1985 Stereotomy – Os pontos de vista de personagens com diferentes doenças mentais.

1987 Gaudi – Acerca do arquiteto Antoni Gaudí e o seu trabalho mais famoso, La Sagrada Família.

Após estes álbuns, Parsons lançou outros títulos sob o seu nome, enquanto que Woolfson fez um último álbum conceitual chamado Freudiana (acerca do trabalho de Sigmund Freud na Psicologia).

Embora a versão de estúdio de Freudiana tenha sido produzida por Alan Parsons, foi principalmente de Eric Woolfson a ideia de convertê-lo num musical. Isto eventualmente levou a uma separação entre os dois artistas.

Enquanto que Alan Parsons seguiu uma carreira solo (levando muitos membros do Projeto para a estrada, pela primeira vez numa tournée mundial de sucesso), Eric Woolfson foi produzir musicais influenciados pela música do Projeto. Freudiana e Gambler foram dois musicais que continham êxitos da banda como “Eye in the Sky”, “Time”, “Inside Looking Out” e “Limelight”.

Membros

Alan Parsons, tecladista, produtor, engenheiro;
Eric Woolfson, tecladista, produtor executivo;
Andrew Powell, tecladista, arranjo para orquestra;
Ian Bairnson, guitarrista
Baixo: David Paton (1975-1985); Laurie Cottle (1985-1987)
Bateria, Percussão: Stuart Tosh (1975-1977); Stuart Elliott (1977-1987)
Saxofone, Teclado: Mel Collins (1980-1984); Richard Cottle (1984-1987)
Vocais: Eric Woolfson, Lenny Zakatek, John Miles, Chris Rainbow, Colin Blunstone, David Paton, e muitos outros.

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Uma visão Básica da História da Música

A História da música é muito antiga, visto que desde os primórdios os homens produziam diversas formas de sonoridade.

Esse é um tipo de arte que trabalha com a harmonia entre os sons, o ritmo, a melodia, a voz.
Todos esses elementos são importantes e podem nos transportar para outro tempo e espaço, resgatar memórias e reacender emoções.

Veremos como essa linguagem artística caminhou durante os séculos até os nossos dias para adquirir as características que possui hoje no Ocidente.

Música na Pré-História

Pintura rupestre encontrada na Espanha exibe várias pessoas dançando, o que sugere a presença de música também

A humanidade possui uma relação longa com a música, sendo essa umas das formas de manifestação cultural mais antigas.

Ainda na pré-história, há mais de 50 mil anos, os seres humanos começaram a desenvolver ações sonoras baseadas na observação dos fenômenos da natureza.

Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação entre os animais, o barulho do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou as pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam. Como, por exemplo, os sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros.

Nessa época, tais experimentações não eram consideradas arte propriamente e estavam relacionadas à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.

A Evolução da Música

Música no Egito

Representação de músicos no Antigo Egito

No Egito Antigo, ainda em 4.000 a.C., a música era muito presente, configurando um importante elemento religioso. Os egípcios consideravam que essa forma de arte era uma invenção do deus Thoth e que outro deus, Osíris, a utilizou como uma maneira para civilizar o mundo.

A música era empregada para complementar os rituais sagrados em torno da agricultura, que era farta na região. Os instrumentos utilizados eram harpas, flautas, instrumentos de percussão e cítara – que é um instrumento de cordas derivado da lira.

Música na Mesopotâmia

Músicos assírios tocando instrumentos

Na região da Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, habitavam os povos sumérios, assírios e babilônios. Foram encontradas harpas de 3 a 20 cordas na região onde os sumérios viviam e estima-se que sejam objetos com mais de 5 mil anos. Também foram descobertas cítaras que pertenceram ao povo assírio.

Música na China e na Índia

À esquerda, representação de pessoa tocando instrumento na Índia; à direita, flautas chinesas encontradas por arqueólogos

Na Ásia – em torno de 3.000 a.C. – a atividade musical prosperou na Índia e China. Nessas regiões, ela também estava fortemente relacionada à espiritualidade.

O instrumento mais popular entre os chineses era a cítara e o sistema musical utilizado era a escala de cinco tons – pentatônica.

Já na Índia, em 800 a.C., o método musical era o de “ragas”, que não utilizava notas musicais e era composto de tons e semitons.

Música na Grécia e em Roma

Representação de pessoa tocando instrumento na Grécia Antiga

Podemos observar que a cultura musical na Grécia Antiga funcionava como uma espécie de elo entre os homens e as divindades. Tanto que a palavra “música” provém do termo grego mousikē, que significa “a arte das musas”. As musas eram as deusas que guiavam e inspiravam as ciências e as artes.

É importante ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o responsável por estabelecer relações entre a matemática e a música, descobrindo as notas e os intervalos musicais.

Sabe-se que na Roma Antiga, muitas manifestações artísticas foram heranças da cultura grega, como a pintura e a escultura. Supõe-se, dessa forma, que o mesmo ocorreu com a música. Entretanto, diferente dos gregos, os romanos usufruíam dessa arte de maneira mais ampla e cotidiana.

Música na Idade Média

Pintura exibindo cantores medievais

Durante a Idade Média a Igreja Católica esteve bastante presente na sociedade europeia e ditava a conduta moral, social, política e artística.

Naquela época, a música teve uma presença marcante nos cultos católicos. O Papa Gregório I – século VI – classificou e compilou as regras para o canto que deveria ser entoado nas cerimônias da Igreja e intitulou-o como canto gregoriano.

Outra expressão musical do período que merece destaque são as chamadas Cantigas de Santa Maria, que agregam 427 composições produzidas em galego-português e divididas em quatro manuscritos.

Uma importante compositora medieval foi Hidelgard Von Bingen, também conhecida como Sibila do Reino.

Música no Renascimento

Pintura de Gerard van Honthorst (1623) retratando músicos no Renascimento

Já na época renascentista – que compreende o século XIV até o século XVI – a cultura sofreu transformações e os interesses estavam voltados para a razão, a ciência e o conhecimento do próprio ser humano.

Tais preocupações se refletiram também na música, que apresentava características mais universais e buscava se distanciar dos costumes da Igreja.

Uma característica significativa da música nesse período foi a polifonia, que compreende a combinação simultânea de quatro ou mais sons.

Podemos citar como um grande compositor da Renascença Thomas Weelkes.

Música no Barroco

O compositor italiano Antonio Vivaldi foi um grande expoente da música barroca

A partir do século XVII, o movimento barroco promove mudanças marcantes no cenário musical.

Foi um período bastante fértil e importante para a música ocidental e apresentava novos contornos tonais, com a utilização do modo jônico (modo “maior”) e modo eólio (modo “menor”).

O surgimento das óperas e das orquestras de câmaras também acontece nessa fase, assim como o virtuosismo dos músicos ao tocar os instrumentos. Os maiores representantes da música barroca foram Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, Domenico Scarlatti, entre outros.

Música no Classicismo

Retrato dos artistas Haydn, Mozart e Beethoven

No Classicismo, que corresponde ao período em torno de 1750 e 1830, a música adquire objetividade, equilíbrio e clareza formal, conceitos já utilizados na Grécia Antiga.

Nessa época, a música instrumental e as orquestras ganham ainda mais destaque. O piano toma o lugar do cravo e novas estruturas musicais são criadas, como a sonata, a sinfonia, o concerto e o quarteto de cordas.

Os artistas que se sobressaíram são Haydn, Mozart e Beethoven.

Música no Romantismo

Pintura retratando o compositor Fréderic Chopin

No século XIX, o movimento cultural que surgiu na Europa foi o Romantismo. A música predominante tinha como qualidades a liberdade e a fluidez, e primava também pela intensidade e vigor emocional.

Esse período musical é inaugurado pelo compositor alemão Beethoven – com a Sinfonia nº3 – e passa por nomes como Chopin, Schumann e sua esposa Clara Shumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros.

Música no Século XX

No século XX, a música ganha nova roupagem e uma grande transformação ocorre com o surgimento do rádio.

Novas tecnologias e suportes para a gravação e divulgação musical ajudam a popularizar essa linguagem artística e projetar cantores e compositores, já que eles não dependiam somente dos concertos musicais.

Com uma cartela de opções mais variadas, o público começa a ter contato com outros tipos de música.

É importante também destacar a presença da música atonal – ou seja, que não possui um centro tonal nem uma tonalidade preponderante. Há também a dodecafônica, que trata as doze notas da escala cromática como equivalentes.

Alguns artistas também passam a incorporar novos elementos em suas produções, como instrumentos até então pouco explorados e objetos sonoros.

Um exemplo é o multi-instrumentista brasileiro Hermeto Pascoal, que tira sons tanto de flautas e pianos como de objetos do cotidiano como chaleiras, pentes, copos d’água e brocas de dentistas. A compositora Adriana Calcanhoto também possui um projeto de música infantil que faz uso de diversos brinquedos para produzir suas composições.

Podemos citar como grandes nomes da música do século XX o brasileiro Heitor Villa-Lobos, o russo Igor Stravinsky, o nigeriano Fela Kuti, a pianista carioca Chiquinha Gonzaga, o norte-americano Louis Armstrong, a francesa Lili Boulanger, o argentino Astor Piazzolla, e muitos outros.

AIDAR, Laura. História da Música. Toda Matéria[s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-da-musica/. Acesso em: 25 abr. 2024

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Chic

Pouca coisa foi mais “chique” que o Chic, nos anos 70. Aquele grupo liderado por três músicos excepcionais e duas cantoras derramando charme se tornou um dos símbolos máximos da era disco, junto ao Village People e o Tony Manero, de John Travolta. E por causa disso nasceu um preconceito absurdo de que a música da banda é cafona, datada, boba e descartável.

https://www.youtube.com/watch?v=4KUL9-eNXzQ&feature=kp

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Gentle Giant

O Gentle é uma das bandas mais interessantes que surgiram na leva do progressivo. Um grupo inteligente, cheio de músicos competentes, mas longe daquele rococó chato de Yes ou Emerson, Lake & Palmer. Com uma discografia cheia de clássicos, o grupo formado pelos irmãos Ray, Derek e Phil Shulman foi um dos mais importantes e interessantes surgidos na década de 70. Mesmo encerrando as atividades no início dos anos 80, o Gentle possui uma série de discos póstumos e uma legião de admiradores.

Uma das muitas canções: https://www.youtube.com/watch?v=kzDCfnBhinw&feature=kp

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The Guess Who

The Guess Who é uma banda de rock do Canadá, formada em 1962 em Winnipeg. Foram o primeiro grupo canadense a ter uma canção no topo da parada musical dos Estados Unidos, emplacando vários sucessos no final da década de 1960, como “American Woman”, “These Eyes” e “Share the Land”. Uma das mais belas musicas do The Guess Who: These Eyes – Link  https://www.youtube.com/watch?v=SfcSXmFFVfE&feature=kp Vale a pena ouvir…

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Blood, Sweat & Tears

Blood, Sweat & Tears foi uma banda norte-americana de rock and roll formada em Nova Iorque em 1967 por Al Kooper, Jim Fielder, Fred Lipsiues, Randy Brecker, Jerry Weiss, Dick Halligan, Steve Katz e Bobby Colomby.   A banda que fundiu o jazz com o rock ou pop em algo híbrido que veio a ficar conhecido como “jazz-rock”. Eles estavam entre os primeiros do gênero, conhecido como “jazz fusion”, ou simplesmente “fusion” (que tendendo para visões virtousísticas de experimentação eletrônica e uma música anormal), o som do Blood, Sweat & Tears era uma mistura de variados estilos do rock,pop e R&B/soul music como “big band” ou “jazz combo”.

Na minha opinião, uma das musicas mais lindas do grupo foi a BLUE STREET. Vocês podem ouvir usando o link https://www.youtube.com/watch?v=nJPNx6btfuU. Vale a pena…

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Carmina Burana

Essa cantata muito conhecida pelo público por conta de sua grande utilização em filmes ou em comerciais na TV, tem uma história curiosa. Carmina na realidade é o plural de Carmem, que em latim vulgar significa canções, já Burana vem por conta de onde as letras dessa obra-prima foram encontradas, num velho mosteiro chamado Benediktbeuren na Alemanha. Tais poemas eram do século XIII, ou seja, o alemão e várias línguas ainda não tinham se solidificado, sendo assim, os poemas estavam escrito numa espécie de mistura entre um alemão arcaico, francês, grego e latim.

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