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Um Pouco Sobre Ocultismo

Quem não gosta de ocultismo, esoterismos e outros “ismos”?

Eu gosto! Por isso farei uma rápida e simples resenha (se é que isso existe) sobre o famigerado livro NECRONOMICON!!!!

Resenha do Livro “Necronomicon”

 Título: Necronomicon

 Autor: H.P. Lovecraft (fictício, criação dentro do universo literário de Lovecraft)

 Gênero: Horror, Ficção Científica, Fantasia

Introdução

O “Necronomicon” é um grimório fictício (Grimórios (do francês grimoire) são coleções medievais de feitiços, rituais e encantamentos mágicos invariavelmente atribuídas a fontes clássicas hebraicas ou egípcias.) e uma peça central do universo literário criado por H.P. Lovecraft. Embora muitas pessoas acreditem que seja um livro real, ele é, na verdade, uma invenção do próprio Lovecraft, usado para adicionar profundidade e mistério aos seus contos de horror cósmico. O “Necronomicon” é frequentemente mencionado em suas histórias como um livro antigo e proibido que contém conhecimentos arcanos e perigosos sobre os Grandes Antigos e outras entidades cósmicas.

 Origem e História Fictícia

O “Necronomicon” é supostamente escrito por Abdul Alhazred, um poeta árabe louco de Sana’a, Iémen, que viveu durante o século VIII. Inicialmente intitulado “Al Azif”, o livro foi traduzido para o grego por Theodorus Philetas com o título “Necronomicon”, que pode ser traduzido como “O Livro das Leis dos Mortos”. Segundo a mitologia de Lovecraft, várias cópias do livro foram feitas e traduzidas para diferentes idiomas ao longo dos séculos, embora muitas tenham sido destruídas devido ao seu conteúdo perigoso.

 Conteúdo e Temática

O conteúdo do “Necronomicon” é descrito como uma coleção de rituais, encantamentos, fórmulas e histórias que detalham os horrores cósmicos além da compreensão humana. Ele é dito conter informações sobre seres antigos e poderosos conhecidos como os Grandes Antigos, incluindo Cthulhu, Yog-Sothoth e Nyarlathotep. Esses seres são descritos como entidades de poder inimaginável que existem em dimensões além do nosso espaço-tempo e que poderiam trazer a destruição total se despertados.

Os temas centrais do “Necronomicon” incluem:

1. O Desconhecido e Incompreensível: O livro explora a ideia de que o universo é vasto, antigo e cheio de mistérios além da compreensão humana.

2. Perigo do Conhecimento: O “Necronomicon” sugere que buscar conhecimento proibido pode levar à loucura e à destruição, tanto física quanto espiritual.

3. Existência de Entidades Cósmicas: Descreve seres que existem além das capacidades sensoriais e intelectuais humanas, sugerindo que a humanidade é insignificante diante dessas forças.

 Impacto na Cultura Pop

Embora fictício, o “Necronomicon” teve um impacto profundo na cultura popular. Ele apareceu em inúmeras obras de ficção, incluindo filmes, jogos, quadrinhos e outras histórias de horror. Autores e criadores de todo o mundo têm se inspirado no conceito do “Necronomicon” para criar suas próprias histórias de terror e fantasia.

Entre as aparições mais notáveis estão:

– “Evil Dead“: A franquia de filmes utiliza o “Necronomicon Ex-Mortis”, uma versão do livro que desencadeia horrores sobrenaturais.

– “H.P. Lovecraft’s Re-Animator“: Filme baseado na obra de Lovecraft, onde o “Necronomicon” é referenciado como fonte de conhecimento proibido.

 O “Necronomicon” é uma das criações mais icônicas de H.P. Lovecraft, apesar de ser inteiramente fictício. Ele representa o ápice do horror cósmico lovecraftiano, onde o desconhecido e o incompreensível desafiam a sanidade e a segurança da humanidade. Através do “Necronomicon”, Lovecraft conseguiu construir um universo interligado de terror que continua a influenciar e fascinar leitores e criadores até hoje.

 Análise Esotérica do “Necronomicon”

 Contexto Esotérico

Embora o “Necronomicon” seja uma invenção fictícia de H.P. Lovecraft, ele é descrito com tanto detalhe e autenticidade que muitos leitores o consideraram uma obra real de ocultismo. Lovecraft, conhecido por seu ceticismo e ateísmo, criou o livro como uma ferramenta literária, mas sua influência permeou o mundo do ocultismo, inspirando esoteristas e praticantes de magia a explorarem os conceitos apresentados em suas histórias.

 Simbolismo e Temas Esotéricos

1. O Livro como Fonte de Conhecimento Proibido

   – No contexto esotérico, o “Necronomicon” simboliza a busca pelo conhecimento oculto que está além do alcance da compreensão humana comum. Este tema é recorrente nas tradições místicas, onde a busca pelo conhecimento superior ou “gnose” pode levar à iluminação ou à destruição.

   – O próprio ato de estudar o “Necronomicon” representa a transgressão dos limites do conhecimento permitido, um conceito semelhante ao mito de Prometeu, que roubou o fogo dos deuses para dar à humanidade.

2. Os Grandes Antigos e as Forças Cósmicas

   – Os seres descritos no “Necronomicon”, como Cthulhu e Yog-Sothoth, são representações de forças cósmicas além do bem e do mal tradicionais. No ocultismo, essas entidades podem ser vistas como arquétipos das forças primordiais do universo.

   – A invocação ou contato com essas entidades exige um entendimento profundo e perigoso das forças naturais e sobrenaturais, um tema comum em muitas tradições esotéricas onde o praticante tenta manipular ou compreender forças além do humano.

3. Loucura e Iluminação

   – A leitura do “Necronomicon” frequentemente leva à loucura, refletindo a crença esotérica de que o conhecimento profundo pode ser tanto uma benção quanto uma maldição. A linha tênue entre a sanidade e a loucura é explorada em muitas tradições místicas, onde a verdadeira compreensão do universo pode destruir as concepções normais de realidade.

4. Rituais e Encantamentos

   – O “Necronomicon” é repleto de rituais e encantamentos destinados a invocar, controlar ou compreender os Grandes Antigos. Esses rituais, embora fictícios, são inspirados por práticas reais de magia cerimonial e rituais esotéricos que buscam alterar a realidade através de atos simbólicos e intenções focadas.

 

Influências e Interpretações Esotéricas

1. Magia Cerimonial

   – Muitos elementos do “Necronomicon” se assemelham às práticas da magia cerimonial, como vistas na Cabala, na magia enochiana de John Dee, e nos rituais herméticos. O uso de palavras de poder, círculos de proteção e invocações são todos aspectos comuns tanto no “Necronomicon” quanto na magia cerimonial real.

2. Alquimia e Transmutação

   – O “Necronomicon” pode ser visto como uma obra alquímica, onde a transmutação não é apenas física, mas espiritual. A busca pelo poder e conhecimento no “Necronomicon” reflete a busca alquímica pela pedra filosofal, que promete transformação e iluminação.

3. Gnosticismo e Dualidade

   – Os temas do “Necronomicon” também ressoam com o gnosticismo, onde a busca pelo conhecimento oculto (gnose) é fundamental. A dualidade entre a ignorância e a iluminação, a sanidade e a loucura, é central tanto no “Necronomicon” quanto na tradição gnóstica.

 O “Necronomicon” na Cultura Ocultista

Apesar de sua origem fictícia, o “Necronomicon” encontrou um lugar real na cultura ocultista. Diversos autores e praticantes de magia afirmaram ter canalizado ou descoberto versões reais do “Necronomicon”. Esses textos variam amplamente em conteúdo e estilo, mas todos compartilham a aura de mistério e perigo associada ao livro de Lovecraft.

 Exemplos Notáveis

1. Simon Necronomicon

   – Uma das versões mais conhecidas do “Necronomicon” foi publicada por um autor sob o pseudônimo de “Simon” em 1977. Este livro mistura elementos da mitologia suméria com a cosmologia de Lovecraft, criando um grimório que muitos praticantes de ocultismo consideram utilizável em práticas reais de magia.

2. Al Azif / Necronomicon

   – Diversos outros autores publicaram suas próprias versões do “Necronomicon”, muitas vezes sob o título “Al Azif”. Essas obras geralmente combinam a imaginação de Lovecraft com conhecimentos de ocultismo tradicional.

Conclusão

O “Necronomicon” de H.P. Lovecraft, apesar de ser uma criação fictícia, possui uma rica tapeçaria de simbolismo esotérico que ressoa profundamente com várias tradições místicas e ocultistas. Sua influência transcende o reino da ficção, encontrando um lugar duradouro nas práticas e crenças esotéricas. Para os leitores e praticantes de ocultismo, o “Necronomicon” representa tanto uma advertência quanto uma inspiração, um convite para explorar os limites do conhecimento humano e as profundezas do desconhecido.

E aí? Vai encarar….

By Lito

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Livro de Urântia III

Parte I: O Universo Central e os Superuniversos

O Pai Universal

1. Introdução

  • Natureza de Deus: Descrito como a Primeira Fonte e Centro de toda a criação, Deus é eterno, infinito e perfeito. Ele é a personificação do amor, a realidade de toda a existência.
  • Relação com o Universo: Deus é onipresente, onipotente e onisciente. Sua presença permeia todos os níveis de realidade, e ele mantém uma relação pessoal com cada ser.

2. A Trindade do Paraíso

  • Composição: A Trindade é formada pelo Pai Universal, o Filho Eterno e o Espírito Infinito.
  • Funções: Cada membro desempenha papéis específicos no governo do universo. O Pai é a origem de todas as coisas, o Filho revela Deus aos universos e o Espírito Infinito age como um operador divino.

3. A Ilha do Paraíso

  • Descrição: O Paraíso é a morada eterna de Deus e a sede central do universo. É uma realidade física, localizada no centro de todas as coisas.
  • Características: Não é uma esfera, mas uma área elíptica plana. Serve como a fonte da energia e a localização do controle de gravidade para todo o universo.

4. Os Superuniversos

  • Organização: Existem sete superuniversos no grande universo, cada um composto por milhões de universos locais.
  • Administração: Cada superuniverso é governado por três Anciões dos Dias, que são personalidades eternas e sábias, responsáveis por manter a justiça e a ordem.

5. O Universo Central de Havona

  • Estrutura: Havona é o universo central e divino, composto por um bilhão de mundos perfeitos e eternos.
  • Função: Serve como a morada final das criaturas ascendentes e como uma escola de aprendizado para os seres do tempo e espaço. É o modelo de perfeição para os universos evolucionários.

6. Filhos Criadores e Universos Locais

  • Michael de Nébadon: Cada universo local é governado por um Filho Criador do tipo Michael. Nosso universo local, Nébadon, é governado por Cristo Michael (Jesus de Nazaré).
  • Criação e Administração: Esses Filhos Criadores são responsáveis pela criação dos planetas habitados e pela administração dos seus universos.

7. Espíritos Mestres e Reflexivos

  • Espíritos Mestres: Sete Espíritos Mestres representam a Trindade para os superuniversos. Cada um deles influencia um superuniverso específico.
  • Espíritos Reflexivos: Facilitam a comunicação entre o Paraíso e os universos locais, refletindo perfeitamente as informações necessárias.

8. Estudantes do Universo e Administração Espiritual

  • Estudantes do Universo: Compreendem seres ascendentes e descendentes que aprendem e servem em várias capacidades.
  • Hierarquia Espiritual: Inclui uma vasta gama de seres espirituais como anjos, serafins e mensageiros solitários, cada um desempenhando funções específicas na administração e no serviço universal.

9. Ajustadores do Pensamento

  • Natureza: Os Ajustadores do Pensamento são fragmentos do Pai Universal, habitando a mente dos seres humanos.
  • Função: Guiam os seres humanos na tomada de decisões morais e espirituais, ajudando-os a alcançar a perfeição divina.

10. A Ascensão ao Paraíso

  • Processo de Ascensão: Os mortais que atingem a vida eterna começam sua jornada no universo local, progredindo através de diversos níveis de existência até alcançar Havona e, finalmente, o Paraíso.
  • Objetivo Final: Tornar-se perfeitos como Deus é perfeito, vivendo eternamente em serviço e comunhão com a Deidade.

Conclusão:

A Parte I do Livro de Urântia fornece uma visão abrangente e detalhada da estrutura e da administração do universo. Ele explora a natureza de Deus, a organização dos universos e os diversos seres que desempenham papéis críticos na manutenção e evolução da criação. Essa seção estabelece uma base teológica e cosmológica para o restante do livro, incentivando uma compreensão profunda e reverente da vastidão e complexidade do universo.

1.1. O Pai Universal: Uma Descrição Detalhada

1. A Identidade do Pai Universal:

  • Primeira Fonte e Centro: O Pai Universal é descrito como a Primeira Fonte e Centro de toda a criação. Ele é a origem de todas as coisas e seres, a fonte de toda a realidade, tanto material quanto espiritual.
  • Natureza Infinita e Eterna: Deus é eterno, infinito, imutável e perfeito. Ele é a personificação do amor divino e da verdade absoluta.

2. A Personalidade de Deus:

  • Deidade Pessoal: O Pai Universal é uma personalidade divina e, como tal, pode se relacionar pessoalmente com todas as suas criaturas. Ele possui atributos como consciência, vontade e propósito.
  • Relação com as Criaturas: Deus estabelece uma relação direta e íntima com cada ser humano através dos Ajustadores do Pensamento, fragmentos divinos que habitam a mente das pessoas.

3. A Natureza e Atributos de Deus:

  • Onipotência: O Pai Universal é todo-poderoso. Ele controla e mantém o equilíbrio de todas as coisas através de sua força e energia infinitas.
  • Onipresença: Deus está presente em toda parte, em todos os níveis de realidade. Sua presença espiritual permeia o universo.
  • Onisciência: Ele é onisciente, conhecendo tudo, desde o mais ínfimo detalhe até o maior evento cósmico. Nada está oculto aos olhos de Deus.
  • Amor: O amor é a essência central do caráter de Deus. Ele ama todas as suas criaturas incondicionalmente e deseja o bem-estar de todos.

4. A Trindade do Paraíso:

  • Membros da Trindade: A Trindade é composta pelo Pai Universal, o Filho Eterno e o Espírito Infinito.
  • Funções da Trindade: O Pai Universal origina e sustenta a criação, o Filho Eterno revela Deus às criaturas e o Espírito Infinito opera como a ação divina e a execução do plano divino.

5. O Relacionamento com o Universo:

  • Criação e Sustentação: O Pai Universal é o criador de todos os universos e de todos os seres. Ele sustenta a criação através de sua presença e poder contínuos.
  • Governança: Ele governa através da sua justiça e misericórdia, garantindo a ordem e o progresso dos universos.
  • Revelação: Deus se revela às suas criaturas de várias maneiras, principalmente através dos Ajustadores do Pensamento e das manifestações divinas, como os Filhos Criadores.

6. A Vontade Divina:

  • Propósito Divino: O propósito de Deus é criar seres com capacidade de escolher, crescer e alcançar a perfeição. Ele deseja que todas as suas criaturas se tornem perfeitas como ele é perfeito.
  • Livre Arbítrio: Deus respeita o livre arbítrio das suas criaturas. Ele deseja que todos escolham livremente amá-lo e seguir seu caminho.

7. Ajustadores do Pensamento:

  • Natureza dos Ajustadores: São fragmentos do Pai Universal que habitam a mente dos seres humanos, guiando-os espiritualmente.
  • Função dos Ajustadores: Eles ajudam as pessoas a fazer escolhas morais e espirituais, preparando-as para a vida eterna e para a ascensão ao Paraíso.

8. O Pai Universal e a Ascensão:

  • – Destino das Criaturas: O objetivo final dos seres humanos é alcançar a perfeição e a união com Deus no Paraíso.
  • – Processo de Ascensão: A jornada de ascensão envolve progressão espiritual através de múltiplos níveis de existência, desde os universos locais até Havona e, finalmente, o Paraíso.

Conclusão:

O Pai Universal, conforme descrito no Livro de Urântia, é a essência central de toda a realidade, a fonte de toda a criação e a personificação do amor divino. Sua natureza infinita, onipotente e onisciente, junto com sua presença pessoal e íntima nas vidas das suas criaturas, estabelece uma relação profunda e significativa entre Deus e a humanidade. O Pai Universal deseja que todas as suas criaturas alcancem a perfeição divina e a união eterna com ele, guiando-as através de seu amor e sabedoria infinita.

1.1.1. A Identidade do Pai Universal

1. Primeira Fonte e Centro:

  • Origem de Toda a Criação: O Pai Universal é a Primeira Fonte e Centro de toda a realidade. Ele é a origem absoluta de todas as coisas e seres, materiais e espirituais, que existem no universo.
  • Fundamento de Tudo: Toda a existência, energia, mente, espírito e personalidade emanam dele. Ele é a base de toda a criação, sendo a causa primordial e o sustentador eterno do cosmos.

2. Natureza Eterna e Infinita:

  • Eternidade: O Pai Universal não tem começo nem fim. Ele é eterno, existindo antes de qualquer coisa criada. Sua existência é infinita no tempo, sem início nem conclusão.
  • Infinidade: Deus é infinito em todos os seus atributos e capacidades. Sua presença, conhecimento e poder não têm limites. Ele transcende todas as limitações de espaço e tempo.

3. Deidade Pessoal:

  • Personalidade Divina: Apesar de sua infinidade e eternidade, o Pai Universal é uma personalidade real e acessível. Ele possui uma identidade consciente, com vontade, propósito e autopercepção.
  • Relacionamento Pessoal: Deus não é uma força impessoal ou uma abstração. Ele se relaciona pessoalmente com cada uma de suas criaturas. Ele conhece cada indivíduo intimamente e deseja estabelecer uma relação amorosa e pessoal com todos.

4. Atributos Divinos:

  • Onipotência: O Pai Universal é todo-poderoso. Ele possui controle absoluto sobre toda a energia e matéria no universo. Seu poder é ilimitado e supremo.
  • Onipresença: Deus está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Sua presença espiritual permeia todas as partes do universo, mantendo uma conexão contínua com sua criação.
  • Onisciência: Ele é todo-sábio e tudo sabe. Deus possui conhecimento perfeito e completo de todas as coisas, passadas, presentes e futuras. Nada está oculto aos seus olhos.
  • Amor: O amor é a essência central de Deus. Ele ama todas as suas criaturas incondicionalmente e deseja o bem-estar e a felicidade de todos. Seu amor é altruísta e abrangente.

5. Relação com a Trindade:

  • Primeiro Membro da Trindade: O Pai Universal é o primeiro membro da Trindade do Paraíso, que também inclui o Filho Eterno e o Espírito Infinito. Juntos, eles formam a Deidade Trina, que governa e sustenta o universo.
  • Funções Complementares: Cada membro da Trindade desempenha funções específicas no plano divino. O Pai é a origem de todas as coisas, o Filho revela Deus às criaturas, e o Espírito Infinito opera como agente executor da vontade divina.

6. Criação e Sustentação:

  • Criador Supremo: O Pai Universal é o criador de todos os universos e de todos os seres neles contidos. Ele iniciou a criação e continua a sustentá-la através de sua vontade e poder.
  • Sustentador Eterno: Deus não apenas cria, mas também mantém e sustenta tudo o que existe. Sua presença contínua garante a ordem e a harmonia do cosmos.

7. Revelação de Deus:

  • Autorrevelação: Deus se revela às suas criaturas de várias maneiras. Ele se faz conhecido através das manifestações divinas, como os Ajustadores do Pensamento e os Filhos Criadores, que encarnam a sua vontade e personalidade.
  • Ajustadores do Pensamento: São fragmentos do Pai Universal que habitam a mente dos seres humanos, guiando-os espiritualmente e ajudando-os a tomar decisões morais e espirituais.

8. Objetivo Divino:

  • Ascensão e Perfeição: O objetivo final de Deus para suas criaturas é que elas alcancem a perfeição e a união com Ele no Paraíso. Ele deseja que todos os seres humanos se tornem perfeitos, como Ele é perfeito.
  • Livre Arbítrio: Deus respeita o livre arbítrio de suas criaturas, permitindo que escolham livremente amá-lo e segui-lo. Ele valoriza a escolha voluntária e consciente do amor e da devoção.

Conclusão:

A identidade do Pai Universal, conforme descrita no Livro de Urântia, é de um ser supremo, eterno e infinito, que é a origem de toda a criação. Ele é uma personalidade divina que se relaciona pessoalmente com cada uma de suas criaturas, possuindo atributos como onipotência, onipresença, onisciência e amor absoluto. Deus é tanto o criador quanto o sustentador do universo, revelando-se através de vários meios e guiando suas criaturas em direção à perfeição e união eterna com Ele.

1.1.2. A Personalidade de Deus no Livro de Urântia

1. Personalidade Divina:

  • Natureza da Personalidade: A personalidade de Deus é central e fundamental na descrição do Pai Universal. Deus é uma personalidade real e concreta, e não uma força impessoal ou uma mera abstração. Ele possui consciência, inteligência, e vontade, o que lhe permite estabelecer relações pessoais e conscientes com suas criaturas.
  • Autoconsciência: Deus é autoconsciente e tem plena percepção de sua própria existência e identidade. Ele é plenamente consciente de suas ações, intenções e propósitos.

2. Atributos da Personalidade de Deus:

  • Amor e Benevolência: O amor é o atributo mais característico da personalidade de Deus. Ele ama todas as suas criaturas de maneira infinita e incondicional. Seu amor é altruísta e abrange todas as dimensões da existência.
  • Justiça e Misericórdia: Deus é justo e equânime. Ele aplica a justiça de maneira imparcial, mas também é misericordioso, sempre disposto a perdoar e a oferecer novas oportunidades para o crescimento espiritual.
  • Sabedoria e Conhecimento: A personalidade de Deus é onisciente, possuindo conhecimento completo e perfeito de todas as coisas. Ele é infinitamente sábio e sua sabedoria é aplicada em todas as suas ações e decisões.

3. Relacionamento com as Criaturas:

  • Interação Pessoal: Deus se relaciona pessoalmente com cada uma de suas criaturas. Ele conhece cada ser individualmente e se preocupa com o bem-estar e a felicidade de todos.
  • Ajustadores do Pensamento: Deus habita a mente dos seres humanos através dos Ajustadores do Pensamento, fragmentos de sua própria essência divina. Esses Ajustadores guiam e orientam as pessoas em suas decisões morais e espirituais.
  • Comunhão e Adoração: A personalidade de Deus permite que as criaturas estabeleçam uma comunhão íntima e direta com Ele. A adoração é a resposta natural das criaturas à grandeza e ao amor de Deus.

4. Personalidade e Trindade:

  • Pai da Trindade: O Pai Universal é a personalidade primária da Trindade do Paraíso, que inclui também o Filho Eterno e o Espírito Infinito. A Trindade representa a união das três personalidades divinas em uma única Deidade.
  • Relação com o Filho e o Espírito: O Pai Universal compartilha uma relação de colaboração e coesão com o Filho Eterno e o Espírito Infinito. Cada membro da Trindade desempenha papéis complementares no governo e na sustentação do universo.

5. Manifestação da Personalidade de Deus:

  • Revelação através de Jesus: A vida de Jesus de Nazaré, considerado a encarnação de Cristo Michael, é uma revelação direta da personalidade de Deus. Através de Jesus, Deus se fez conhecido de maneira tangível e compreensível para a humanidade.
  • – Revelação nas Escrituras e na Natureza: Deus também se revela através das escrituras sagradas e da natureza. A criação é um reflexo da sua personalidade, demonstrando sua ordem, beleza e propósito.

6. Livre Arbítrio e Responsabilidade Moral:

  • Valor do Livre Arbítrio: Deus valoriza o livre arbítrio das suas criaturas. Ele permite que todos escolham livremente seu próprio caminho, incentivando a tomada de decisões conscientes e responsáveis.
  • Responsabilidade Moral: A personalidade de Deus é uma fonte de padrões morais e éticos. Ele espera que suas criaturas vivam de acordo com esses padrões, refletindo sua bondade, justiça e amor em suas próprias vidas.

7. O Objetivo da Personalidade de Deus:

  • Ascensão e Perfeição das Criaturas: O objetivo último de Deus é que suas criaturas ascendam a níveis superiores de existência, alcançando a perfeição divina. Ele deseja que todos se tornem perfeitos, como Ele é perfeito.
  • União Eterna com Deus: A jornada espiritual culmina na união eterna com Deus no Paraíso. Essa união é a realização máxima do potencial espiritual das criaturas, permitindo-lhes viver em comunhão plena com a Deidade.

Conclusão:

A personalidade de Deus, conforme descrita no Livro de Urântia, é uma combinação perfeita de amor, justiça, sabedoria e poder. Ele é uma personalidade real e acessível, capaz de interagir pessoalmente com cada uma de suas criaturas. Deus se revela de várias maneiras, buscando sempre guiar suas criaturas em direção à perfeição e à união eterna com Ele. Essa compreensão de Deus como uma personalidade amorosa e justa oferece uma base sólida para a fé e a espiritualidade dos seres humanos.

By Lito

Continua….

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13 de Maio – Libertação dos Escravos

E o dia dos Pretos velhos na Umbanda!

O 13 de maio é uma data de grande significado no Brasil, marcada principalmente pela Lei Áurea, assinada em 1888, que aboliu formalmente a escravidão no país. No contexto da Umbanda, uma religião afro-brasileira que combina elementos do catolicismo, espiritismo e várias tradições africanas, essa data adquire um significado especial e complexo.

Contexto Histórico e Religioso

Apesar da abolição da escravidão ter sido um marco legal importante, muitos afro-brasileiros continuaram a enfrentar discriminação e desigualdade social. As religiões de matriz africana, como a Umbanda e o Candomblé, foram especialmente marginalizadas e frequentemente associadas a práticas negativas pela sociedade majoritariamente católica e por políticas de estado que promoviam a repressão cultural.

13 de Maio na Umbanda

Na Umbanda, o 13 de maio é um dia que pode ser observado com uma mistura de celebração e reflexão. Embora reconheça a importância da abolição da escravidão, há também um reconhecimento de que a libertação não foi completa, com muitos ex-escravos deixados sem suporte para uma verdadeira integração social e econômica.

Reflexão sobre a Liberdade e a Justiça

Para muitos praticantes da Umbanda, essa data é uma oportunidade para refletir sobre questões mais amplas de liberdade, justiça e igualdade. É um momento para honrar os ancestrais e refletir sobre o legado da escravidão que ainda impacta as comunidades afro-brasileiras.

Trabalhos Espirituais e Homenagens

Em algumas casas de Umbanda, o 13 de maio pode incluir trabalhos espirituais dedicados a entidades que simbolizam a luta e resistência dos povos africanos, como caboclos e pretos velhos, que são espíritos de antigos escravos ou indígenas que trabalham pela cura, proteção e justiça. Estes espíritos são reverenciados por sua sabedoria e conexão com as raízes africanas e indígenas do Brasil.

Ativismo e Conscientização

Além dos aspectos religiosos, este dia também pode ser marcado por atividades de conscientização sobre o racismo e a desigualdade. Muitos terreiros participam ou organizam eventos que discutem a história da escravidão no Brasil e seu impacto contínuo na sociedade.

Conclusão

O 13 de maio na Umbanda é, portanto, uma data de grande profundidade cultural e espiritual, servindo como um lembrete da luta contínua pela justiça e igualdade, bem como uma celebração da resiliência cultural e espiritual das comunidades afro-brasileiras. A data reforça a relevância da Umbanda e outras tradições afro-brasileiras no enfrentamento de questões sociais e na promoção de uma sociedade mais inclusiva e justa.

Crônica: Preto velho na Umbanda

13 de maio – Dia dos Pretos Velhos!!! Saravá, meu pai!!! Saravá minha mãe!!!

Em meio ao incenso que serpenteava suavemente pelo ar e o som suave dos atabaques, uma figura curvada, com passos lentos e uma serenidade imensurável, tomava seu lugar no centro do terreiro. Era um Preto Velho, entidade venerada na Umbanda, trazendo consigo a sabedoria das eras e a paciência forjada na adversidade da escravidão.

Em noite de gira, as velas lançavam sombras dançantes sobre as paredes de barro da pequena sala adornada com imagens de santos e orixás. A figura do Preto Velho, envolta em sua bata branca, parecia oscilar entre o mundano e o espiritual, um elo entre o passado de sofrimento e um presente em busca de consolo e direção.

Na Umbanda, o Preto Velho representa o espírito de antigos escravos que retornam à Terra para auxiliar aqueles que buscam ajuda. São vistos como símbolos de humildade, paciência e compreensão. Suas palavras, sempre carregadas de amor e bondade, parecem fluir de um poço profundo de experiência, oferecendo conselho e conforto aos fiéis que formam uma semi-círculo à sua volta.

“Meus filhos,” começava ele, sua voz rouca embalando o silêncio, “a vida é um fio esticado de aprendizado. Cada um carrega sua cruz, mas também tem o dom de aliviar o peso das cruzes alheias.” Seus olhos, quase ocultos sob as pálpebras pesadas, brilhavam com uma luz que parecia transcendente.

Entre os fiéis, um jovem se aproximava, o rosto marcado pela angústia de recentes desafios pessoais. O Preto Velho, percebendo seu sofrimento, estendia suas mãos nodosas, tocando levemente o ombro do rapaz. “No caminho que escolhe, meu filho, encontrarás pedras, mas lembre-se que até a pedra mais bruta pode ser lapidada até se tornar uma joia.”

A sessão seguia com consultas, conselhos e passes espirituais, cada gesto do Preto Velho parecia banhar a sala com uma aura de calma e resignação. Não era apenas uma noite de práticas espirituais, mas um momento de comunhão profunda, onde o passado doloroso dos escravizados transformava-se em lições de resistência e esperança.

Conforme a noite avançava e os cânticos ecoavam pela casa, o ar parecia mais leve. O Preto Velho, sua presença quase etérea agora, concluía a gira com um sorriso gentil, lembrando a todos da força que reside na fé e no amor. “A bondade,” dizia ele, “é o maior dos poderes, capaz de transformar o mal em bem, a tristeza em alegria.”

Quando os últimos fiéis deixavam o terreiro, levando consigo palavras de esperança e cura, a figura do Preto Velho desvanecia aos poucos, como se absorvida de volta à história, deixando atrás de si um rastro de paz e a promessa de retorno sempre que necessário. No coração da Umbanda, o Preto Velho permanecia não apenas como uma entidade de culto, mas como um símbolo vivo da resiliência do espírito humano.

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Hércules ou Héracles?

Sempre que eu ouço ” Hércules o filho de Zeus” eu sempre acho que está errado… Zeus nunca teve um filho chamado Hércules! Zeus é um Deus Grego, aliás, o mais poderoso dos deuses gregos, o rei dos deuses que vivem no Monte Olimpo. Hércules é um nome Romano, seria, digamos, um herói Romano, portanto, seu pai não poderia ser Zeus… quando muito, seria filho de Júpiter, o grande Deus Romano…

Vejamos a wekipédia:

Hércules (em latim: Hercules) é o nome em latim dado pelos antigos romanos ao herói da mitologia grega Héracles, filho de Zeus (Júpiter para os romanos) e da mortal Alcmena. As antigas fontes romanas indicam que o herói grego “importado” veio substituir um antigo pastor mitológico chamado pelos povos da Itália de Recaranus ou Garanus, e que é famoso por sua força. Enquanto o mito de Hércules incorporou muito da iconografia e da própria mitologia do personagem grego, ele também tinha um número de características e lendas que eram marcadamente romanas.

Héracles (em grego: Ἡρακλῆς😉 : Heraklēs, um composto formado por Ἥρα, “Hera”, e κλέος, “glória”), na mitologia grega, era um semideus, filho de Zeus e Alcmena, é bisneto de Perseu. Reunindo grande força e sagacidade, Héracles foi, na mitologia greco-romana, o mais célebre de todos os heróis, um símbolo do homem em luta contra as forças da Natureza, exemplo de masculinidade, ancestral de diversos clãs reais (os Heráclidas) e paladino da ordem olímpica contra os monstros ctônicos.

Na mitologia romana e na maior parte do Ocidente moderno o herói se tornou célebre pelo seu nome latino, Hércules.

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MITOLOGIA NÓRDICA – O mito Germânico da criação do Mundo

Quando ainda não existia nem a Terra nem o mar e nem o ar, quando só existia a escuridão, já estava lá o “Pai”… Ao começar a criação, mesmo no centro do espaço abria-se Ginnunga ou Ginnungagap – terrível abismo sem fundo e sem luz, circundado por uma massa de vapor. Ao norte estava a Terra de Niflhein – o mundo de água e escuridão que se abria ao redor da eterna fonte de Hvergelmir…

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