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Filosofia em Geral

Livro de Urântia III

Parte I: O Universo Central e os Superuniversos

O Pai Universal

1. Introdução

  • Natureza de Deus: Descrito como a Primeira Fonte e Centro de toda a criação, Deus é eterno, infinito e perfeito. Ele é a personificação do amor, a realidade de toda a existência.
  • Relação com o Universo: Deus é onipresente, onipotente e onisciente. Sua presença permeia todos os níveis de realidade, e ele mantém uma relação pessoal com cada ser.

2. A Trindade do Paraíso

  • Composição: A Trindade é formada pelo Pai Universal, o Filho Eterno e o Espírito Infinito.
  • Funções: Cada membro desempenha papéis específicos no governo do universo. O Pai é a origem de todas as coisas, o Filho revela Deus aos universos e o Espírito Infinito age como um operador divino.

3. A Ilha do Paraíso

  • Descrição: O Paraíso é a morada eterna de Deus e a sede central do universo. É uma realidade física, localizada no centro de todas as coisas.
  • Características: Não é uma esfera, mas uma área elíptica plana. Serve como a fonte da energia e a localização do controle de gravidade para todo o universo.

4. Os Superuniversos

  • Organização: Existem sete superuniversos no grande universo, cada um composto por milhões de universos locais.
  • Administração: Cada superuniverso é governado por três Anciões dos Dias, que são personalidades eternas e sábias, responsáveis por manter a justiça e a ordem.

5. O Universo Central de Havona

  • Estrutura: Havona é o universo central e divino, composto por um bilhão de mundos perfeitos e eternos.
  • Função: Serve como a morada final das criaturas ascendentes e como uma escola de aprendizado para os seres do tempo e espaço. É o modelo de perfeição para os universos evolucionários.

6. Filhos Criadores e Universos Locais

  • Michael de Nébadon: Cada universo local é governado por um Filho Criador do tipo Michael. Nosso universo local, Nébadon, é governado por Cristo Michael (Jesus de Nazaré).
  • Criação e Administração: Esses Filhos Criadores são responsáveis pela criação dos planetas habitados e pela administração dos seus universos.

7. Espíritos Mestres e Reflexivos

  • Espíritos Mestres: Sete Espíritos Mestres representam a Trindade para os superuniversos. Cada um deles influencia um superuniverso específico.
  • Espíritos Reflexivos: Facilitam a comunicação entre o Paraíso e os universos locais, refletindo perfeitamente as informações necessárias.

8. Estudantes do Universo e Administração Espiritual

  • Estudantes do Universo: Compreendem seres ascendentes e descendentes que aprendem e servem em várias capacidades.
  • Hierarquia Espiritual: Inclui uma vasta gama de seres espirituais como anjos, serafins e mensageiros solitários, cada um desempenhando funções específicas na administração e no serviço universal.

9. Ajustadores do Pensamento

  • Natureza: Os Ajustadores do Pensamento são fragmentos do Pai Universal, habitando a mente dos seres humanos.
  • Função: Guiam os seres humanos na tomada de decisões morais e espirituais, ajudando-os a alcançar a perfeição divina.

10. A Ascensão ao Paraíso

  • Processo de Ascensão: Os mortais que atingem a vida eterna começam sua jornada no universo local, progredindo através de diversos níveis de existência até alcançar Havona e, finalmente, o Paraíso.
  • Objetivo Final: Tornar-se perfeitos como Deus é perfeito, vivendo eternamente em serviço e comunhão com a Deidade.

Conclusão:

A Parte I do Livro de Urântia fornece uma visão abrangente e detalhada da estrutura e da administração do universo. Ele explora a natureza de Deus, a organização dos universos e os diversos seres que desempenham papéis críticos na manutenção e evolução da criação. Essa seção estabelece uma base teológica e cosmológica para o restante do livro, incentivando uma compreensão profunda e reverente da vastidão e complexidade do universo.

1.1. O Pai Universal: Uma Descrição Detalhada

1. A Identidade do Pai Universal:

  • Primeira Fonte e Centro: O Pai Universal é descrito como a Primeira Fonte e Centro de toda a criação. Ele é a origem de todas as coisas e seres, a fonte de toda a realidade, tanto material quanto espiritual.
  • Natureza Infinita e Eterna: Deus é eterno, infinito, imutável e perfeito. Ele é a personificação do amor divino e da verdade absoluta.

2. A Personalidade de Deus:

  • Deidade Pessoal: O Pai Universal é uma personalidade divina e, como tal, pode se relacionar pessoalmente com todas as suas criaturas. Ele possui atributos como consciência, vontade e propósito.
  • Relação com as Criaturas: Deus estabelece uma relação direta e íntima com cada ser humano através dos Ajustadores do Pensamento, fragmentos divinos que habitam a mente das pessoas.

3. A Natureza e Atributos de Deus:

  • Onipotência: O Pai Universal é todo-poderoso. Ele controla e mantém o equilíbrio de todas as coisas através de sua força e energia infinitas.
  • Onipresença: Deus está presente em toda parte, em todos os níveis de realidade. Sua presença espiritual permeia o universo.
  • Onisciência: Ele é onisciente, conhecendo tudo, desde o mais ínfimo detalhe até o maior evento cósmico. Nada está oculto aos olhos de Deus.
  • Amor: O amor é a essência central do caráter de Deus. Ele ama todas as suas criaturas incondicionalmente e deseja o bem-estar de todos.

4. A Trindade do Paraíso:

  • Membros da Trindade: A Trindade é composta pelo Pai Universal, o Filho Eterno e o Espírito Infinito.
  • Funções da Trindade: O Pai Universal origina e sustenta a criação, o Filho Eterno revela Deus às criaturas e o Espírito Infinito opera como a ação divina e a execução do plano divino.

5. O Relacionamento com o Universo:

  • Criação e Sustentação: O Pai Universal é o criador de todos os universos e de todos os seres. Ele sustenta a criação através de sua presença e poder contínuos.
  • Governança: Ele governa através da sua justiça e misericórdia, garantindo a ordem e o progresso dos universos.
  • Revelação: Deus se revela às suas criaturas de várias maneiras, principalmente através dos Ajustadores do Pensamento e das manifestações divinas, como os Filhos Criadores.

6. A Vontade Divina:

  • Propósito Divino: O propósito de Deus é criar seres com capacidade de escolher, crescer e alcançar a perfeição. Ele deseja que todas as suas criaturas se tornem perfeitas como ele é perfeito.
  • Livre Arbítrio: Deus respeita o livre arbítrio das suas criaturas. Ele deseja que todos escolham livremente amá-lo e seguir seu caminho.

7. Ajustadores do Pensamento:

  • Natureza dos Ajustadores: São fragmentos do Pai Universal que habitam a mente dos seres humanos, guiando-os espiritualmente.
  • Função dos Ajustadores: Eles ajudam as pessoas a fazer escolhas morais e espirituais, preparando-as para a vida eterna e para a ascensão ao Paraíso.

8. O Pai Universal e a Ascensão:

  • – Destino das Criaturas: O objetivo final dos seres humanos é alcançar a perfeição e a união com Deus no Paraíso.
  • – Processo de Ascensão: A jornada de ascensão envolve progressão espiritual através de múltiplos níveis de existência, desde os universos locais até Havona e, finalmente, o Paraíso.

Conclusão:

O Pai Universal, conforme descrito no Livro de Urântia, é a essência central de toda a realidade, a fonte de toda a criação e a personificação do amor divino. Sua natureza infinita, onipotente e onisciente, junto com sua presença pessoal e íntima nas vidas das suas criaturas, estabelece uma relação profunda e significativa entre Deus e a humanidade. O Pai Universal deseja que todas as suas criaturas alcancem a perfeição divina e a união eterna com ele, guiando-as através de seu amor e sabedoria infinita.

1.1.1. A Identidade do Pai Universal

1. Primeira Fonte e Centro:

  • Origem de Toda a Criação: O Pai Universal é a Primeira Fonte e Centro de toda a realidade. Ele é a origem absoluta de todas as coisas e seres, materiais e espirituais, que existem no universo.
  • Fundamento de Tudo: Toda a existência, energia, mente, espírito e personalidade emanam dele. Ele é a base de toda a criação, sendo a causa primordial e o sustentador eterno do cosmos.

2. Natureza Eterna e Infinita:

  • Eternidade: O Pai Universal não tem começo nem fim. Ele é eterno, existindo antes de qualquer coisa criada. Sua existência é infinita no tempo, sem início nem conclusão.
  • Infinidade: Deus é infinito em todos os seus atributos e capacidades. Sua presença, conhecimento e poder não têm limites. Ele transcende todas as limitações de espaço e tempo.

3. Deidade Pessoal:

  • Personalidade Divina: Apesar de sua infinidade e eternidade, o Pai Universal é uma personalidade real e acessível. Ele possui uma identidade consciente, com vontade, propósito e autopercepção.
  • Relacionamento Pessoal: Deus não é uma força impessoal ou uma abstração. Ele se relaciona pessoalmente com cada uma de suas criaturas. Ele conhece cada indivíduo intimamente e deseja estabelecer uma relação amorosa e pessoal com todos.

4. Atributos Divinos:

  • Onipotência: O Pai Universal é todo-poderoso. Ele possui controle absoluto sobre toda a energia e matéria no universo. Seu poder é ilimitado e supremo.
  • Onipresença: Deus está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Sua presença espiritual permeia todas as partes do universo, mantendo uma conexão contínua com sua criação.
  • Onisciência: Ele é todo-sábio e tudo sabe. Deus possui conhecimento perfeito e completo de todas as coisas, passadas, presentes e futuras. Nada está oculto aos seus olhos.
  • Amor: O amor é a essência central de Deus. Ele ama todas as suas criaturas incondicionalmente e deseja o bem-estar e a felicidade de todos. Seu amor é altruísta e abrangente.

5. Relação com a Trindade:

  • Primeiro Membro da Trindade: O Pai Universal é o primeiro membro da Trindade do Paraíso, que também inclui o Filho Eterno e o Espírito Infinito. Juntos, eles formam a Deidade Trina, que governa e sustenta o universo.
  • Funções Complementares: Cada membro da Trindade desempenha funções específicas no plano divino. O Pai é a origem de todas as coisas, o Filho revela Deus às criaturas, e o Espírito Infinito opera como agente executor da vontade divina.

6. Criação e Sustentação:

  • Criador Supremo: O Pai Universal é o criador de todos os universos e de todos os seres neles contidos. Ele iniciou a criação e continua a sustentá-la através de sua vontade e poder.
  • Sustentador Eterno: Deus não apenas cria, mas também mantém e sustenta tudo o que existe. Sua presença contínua garante a ordem e a harmonia do cosmos.

7. Revelação de Deus:

  • Autorrevelação: Deus se revela às suas criaturas de várias maneiras. Ele se faz conhecido através das manifestações divinas, como os Ajustadores do Pensamento e os Filhos Criadores, que encarnam a sua vontade e personalidade.
  • Ajustadores do Pensamento: São fragmentos do Pai Universal que habitam a mente dos seres humanos, guiando-os espiritualmente e ajudando-os a tomar decisões morais e espirituais.

8. Objetivo Divino:

  • Ascensão e Perfeição: O objetivo final de Deus para suas criaturas é que elas alcancem a perfeição e a união com Ele no Paraíso. Ele deseja que todos os seres humanos se tornem perfeitos, como Ele é perfeito.
  • Livre Arbítrio: Deus respeita o livre arbítrio de suas criaturas, permitindo que escolham livremente amá-lo e segui-lo. Ele valoriza a escolha voluntária e consciente do amor e da devoção.

Conclusão:

A identidade do Pai Universal, conforme descrita no Livro de Urântia, é de um ser supremo, eterno e infinito, que é a origem de toda a criação. Ele é uma personalidade divina que se relaciona pessoalmente com cada uma de suas criaturas, possuindo atributos como onipotência, onipresença, onisciência e amor absoluto. Deus é tanto o criador quanto o sustentador do universo, revelando-se através de vários meios e guiando suas criaturas em direção à perfeição e união eterna com Ele.

1.1.2. A Personalidade de Deus no Livro de Urântia

1. Personalidade Divina:

  • Natureza da Personalidade: A personalidade de Deus é central e fundamental na descrição do Pai Universal. Deus é uma personalidade real e concreta, e não uma força impessoal ou uma mera abstração. Ele possui consciência, inteligência, e vontade, o que lhe permite estabelecer relações pessoais e conscientes com suas criaturas.
  • Autoconsciência: Deus é autoconsciente e tem plena percepção de sua própria existência e identidade. Ele é plenamente consciente de suas ações, intenções e propósitos.

2. Atributos da Personalidade de Deus:

  • Amor e Benevolência: O amor é o atributo mais característico da personalidade de Deus. Ele ama todas as suas criaturas de maneira infinita e incondicional. Seu amor é altruísta e abrange todas as dimensões da existência.
  • Justiça e Misericórdia: Deus é justo e equânime. Ele aplica a justiça de maneira imparcial, mas também é misericordioso, sempre disposto a perdoar e a oferecer novas oportunidades para o crescimento espiritual.
  • Sabedoria e Conhecimento: A personalidade de Deus é onisciente, possuindo conhecimento completo e perfeito de todas as coisas. Ele é infinitamente sábio e sua sabedoria é aplicada em todas as suas ações e decisões.

3. Relacionamento com as Criaturas:

  • Interação Pessoal: Deus se relaciona pessoalmente com cada uma de suas criaturas. Ele conhece cada ser individualmente e se preocupa com o bem-estar e a felicidade de todos.
  • Ajustadores do Pensamento: Deus habita a mente dos seres humanos através dos Ajustadores do Pensamento, fragmentos de sua própria essência divina. Esses Ajustadores guiam e orientam as pessoas em suas decisões morais e espirituais.
  • Comunhão e Adoração: A personalidade de Deus permite que as criaturas estabeleçam uma comunhão íntima e direta com Ele. A adoração é a resposta natural das criaturas à grandeza e ao amor de Deus.

4. Personalidade e Trindade:

  • Pai da Trindade: O Pai Universal é a personalidade primária da Trindade do Paraíso, que inclui também o Filho Eterno e o Espírito Infinito. A Trindade representa a união das três personalidades divinas em uma única Deidade.
  • Relação com o Filho e o Espírito: O Pai Universal compartilha uma relação de colaboração e coesão com o Filho Eterno e o Espírito Infinito. Cada membro da Trindade desempenha papéis complementares no governo e na sustentação do universo.

5. Manifestação da Personalidade de Deus:

  • Revelação através de Jesus: A vida de Jesus de Nazaré, considerado a encarnação de Cristo Michael, é uma revelação direta da personalidade de Deus. Através de Jesus, Deus se fez conhecido de maneira tangível e compreensível para a humanidade.
  • – Revelação nas Escrituras e na Natureza: Deus também se revela através das escrituras sagradas e da natureza. A criação é um reflexo da sua personalidade, demonstrando sua ordem, beleza e propósito.

6. Livre Arbítrio e Responsabilidade Moral:

  • Valor do Livre Arbítrio: Deus valoriza o livre arbítrio das suas criaturas. Ele permite que todos escolham livremente seu próprio caminho, incentivando a tomada de decisões conscientes e responsáveis.
  • Responsabilidade Moral: A personalidade de Deus é uma fonte de padrões morais e éticos. Ele espera que suas criaturas vivam de acordo com esses padrões, refletindo sua bondade, justiça e amor em suas próprias vidas.

7. O Objetivo da Personalidade de Deus:

  • Ascensão e Perfeição das Criaturas: O objetivo último de Deus é que suas criaturas ascendam a níveis superiores de existência, alcançando a perfeição divina. Ele deseja que todos se tornem perfeitos, como Ele é perfeito.
  • União Eterna com Deus: A jornada espiritual culmina na união eterna com Deus no Paraíso. Essa união é a realização máxima do potencial espiritual das criaturas, permitindo-lhes viver em comunhão plena com a Deidade.

Conclusão:

A personalidade de Deus, conforme descrita no Livro de Urântia, é uma combinação perfeita de amor, justiça, sabedoria e poder. Ele é uma personalidade real e acessível, capaz de interagir pessoalmente com cada uma de suas criaturas. Deus se revela de várias maneiras, buscando sempre guiar suas criaturas em direção à perfeição e à união eterna com Ele. Essa compreensão de Deus como uma personalidade amorosa e justa oferece uma base sólida para a fé e a espiritualidade dos seres humanos.

By Lito

Continua….

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La vecchiaia è brutale!


Consenescere – Envelhecendo – Invecchiando

A Incrível Arte de Envelhecer com Graça (ou pelo menos tentar)

Envelhecer é uma arte. Sim, você leu certo, uma arte. E como qualquer arte, nem todo mundo tem talento nato para isso. Quando eu era criança, achava que velhice era apenas cabelo branco e bengala. Agora, ao me olhar no espelho, percebo que há muito mais por trás dessas rugas e fios prateados.

O primeiro sinal de que a idade está batendo à porta é a mudança no vocabulário. Palavras como “reumatismo”, “pressão alta” e “onde coloquei meus óculos?” passam a fazer parte do nosso cotidiano. E não me faça falar sobre a quantidade de cremes que agora habitam o armário do banheiro. Antigamente, um sabonete e um shampoo davam conta do recado. Hoje, é um verdadeiro arsenal de antirrugas, anti-idade, anti-tudo.

O segundo sinal são as festas. Ah, as festas… Lembra de quando as festas começavam às 22h e só terminavam quando o sol já estava se espreguiçando? Agora, a ideia de sair de casa depois das 21h é praticamente uma missão impossível. E quando a gente vai, precisa de um dia inteiro para se recuperar. Balada? Só se for a balada da Netflix, de preferência com uma boa xícara de chá.

E o que dizer das músicas? Aquelas canções que embalavam nossos momentos de rebeldia juvenil agora tocam em versões remixadas e a gente se pega dizendo: “no meu tempo, isso sim era música!”. Viramos nossos pais. É inevitável.

E não podemos esquecer dos esportes. A juventude nos deu a falsa impressão de que somos indestrutíveis. Subir uma ladeira, correr atrás do ônibus ou até mesmo pular uma cerca (quem nunca?) eram tarefas simples. Hoje, levantar do sofá já é uma conquista digna de medalha olímpica. E, claro, tem sempre aquele joelho que resolve doer do nada, só para nos lembrar que estamos envelhecendo.

Mas a melhor parte de envelhecer é, sem dúvida, a sabedoria adquirida. Finalmente entendemos que a vida não precisa ser uma corrida contra o tempo. Aprendemos a valorizar os pequenos momentos, a rir de nós mesmos (e das nossas trapalhadas) e a apreciar a companhia das pessoas queridas. E, convenhamos, quem precisa de festa até o amanhecer quando se tem um bom livro e uma cama confortável?

Envelhecer, afinal, é inevitável. E se é para envelhecer, que seja com humor, graça e muita risada. Porque, no fim das contas, a vida é uma grande comédia e nós somos os protagonistas dessa história cheia de peripécias e aventuras.

Então, que venham as rugas, os cabelos brancos e as dores nas costas. Estamos prontos para encarar tudo isso com um sorriso no rosto e uma boa dose de bom humor. Afinal, como dizia um sábio (que provavelmente também estava enfrentando a velhice): rir é o melhor remédio!


Lito

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Livro de Urântia II

Prosseguindo com a nossa série sobre URÂNTIA, vamos acompanhar mais três tópicos.

Observação: Durante esse nosso resumo, irei repetir vários assuntos, de forma a deixar bem claro todos os seus entendimentos, pois trata-se de um assunto, de um livro, muito complicado em seus ensinamentos..

Os Sete Espíritos Mestres no Livro de Urântia

Os Sete Espíritos Mestres são descritos no Livro de Urântia como representações da Trindade do Paraíso, e desempenham um papel crucial na administração dos sete superuniversos. Eles são responsáveis por diferentes aspectos da criação e providenciam a diversificação das características e energias espirituais em cada superuniverso. Aqui está uma descrição detalhada de seus nomes, funções e influências:

1. Natureza e Origem:

  • Origem Trinitária: Os Sete Espíritos Mestres são originários da Trindade do Paraíso, sendo criados pelo Pai Universal, o Filho Eterno e o Espírito Infinito.
  • Representação da Trindade: Cada Espírito Mestre representa uma combinação diferente das naturezas dos três membros da Trindade. Eles garantem a manifestação da diversidade divina nos superuniversos.

2. Nomes e Designações:

  • – Espírito Mestre Número 1: Representa a natureza conjunta do Pai Universal e do Filho Eterno.
  • – Espírito Mestre Número 2: Representa a natureza conjunta do Pai Universal e do Espírito Infinito.
  • – Espírito Mestre Número 3: Representa a natureza conjunta do Filho Eterno e do Espírito Infinito.
  • – Espírito Mestre Número 4: Representa a natureza do Pai Universal.
  • – Espírito Mestre Número 5: Representa a natureza do Filho Eterno.
  • – Espírito Mestre Número 6: Representa a natureza do Espírito Infinito.
  • – Espírito Mestre Número 7: Representa a natureza conjunta do Pai Universal, do Filho Eterno e do Espírito Infinito.

3. Funções e Responsabilidades:

  • Supervisão dos Superuniversos: Cada Espírito Mestre é responsável por um dos sete superuniversos. Eles influenciam as características espirituais e energéticas de seus respectivos domínios.
  • Distribuição de Energias: Eles coordenam a distribuição de energias espirituais, mentais e físicas nos superuniversos, garantindo que cada superuniverso tenha uma combinação única dessas energias.
  • Unificação da Administração: Os Espíritos Mestres ajudam a unificar a administração dos superuniversos com a Trindade do Paraíso, assegurando que a vontade divina seja implementada consistentemente em toda a criação.

4. Influências nos Superuniversos:

  • Diversificação Espiritual: Cada superuniverso recebe uma combinação única das influências dos Sete Espíritos Mestres, resultando em uma diversificação de características espirituais entre os superuniversos.
  • Cultura e Civilização: A natureza e as influências dos Espíritos Mestres contribuem para as variações nas culturas e civilizações dos superuniversos, refletindo diferentes aspectos da divindade.

5. Relação com Outros Seres Espirituais:

  • Coordenação com os Anciões dos Dias: Os Espíritos Mestres trabalham em estreita colaboração com os Anciões dos Dias, que administram a justiça nos superuniversos.
  • Guias para os Seres Espirituais: Eles providenciam orientação e inspiração para uma vasta hierarquia de seres espirituais, ajudando-os a cumprir suas responsabilidades na administração e no serviço espiritual.

6. Papel na Ascensão das Almas:

  • Influência Espiritual: Os Espíritos Mestres influenciam a progressão espiritual das almas ascendentes, moldando suas experiências e crescimento à medida que elas progridem através dos superuniversos.
  • Preparação para Havona: Eles ajudam a preparar as almas ascendentes para a entrada no universo central de Havona, onde as influências combinadas dos Espíritos Mestres se tornam plenamente integradas.

7. Funções Específicas dos Espíritos Mestres:

  • – Espírito Mestre Número 1: Focado na síntese e unificação das energias espirituais e mentais do Pai Universal e do Filho Eterno.
  • – Espírito Mestre Número 2: Coordena as energias espirituais do Pai Universal e do Espírito Infinito, promovendo a integração entre o físico e o espiritual.
  • – Espírito Mestre Número 3: Facilita a unificação das energias mentais e espirituais do Filho Eterno e do Espírito Infinito, enfatizando a compreensão e a sabedoria.
  • – Espírito Mestre Número 4: Manifesta a natureza pura do Pai Universal, influenciando a justiça e a verdade divina.
  • – Espírito Mestre Número 5: Reflete a natureza do Filho Eterno, promovendo a revelação divina e a experiência religiosa.
  • – Espírito Mestre Número 6: Expressa a natureza do Espírito Infinito, incentivando a ação divina e a presença espiritual.
  • – Espírito Mestre Número 7: Integra as naturezas combinadas do Pai Universal, do Filho Eterno e do Espírito Infinito, promovendo a harmonia e a perfeição espiritual.

Conclusão:

Os Sete Espíritos Mestres desempenham um papel fundamental na administração e unificação dos superuniversos, representando diferentes combinações das naturezas da Trindade do Paraíso. Eles garantem a distribuição diversificada de energias espirituais, moldam as culturas e civilizações dos superuniversos e influenciam a ascensão espiritual das almas. Trabalhando em coordenação com outros seres espirituais, eles asseguram que a vontade divina seja implementada consistentemente em toda a criação, promovendo a unidade e a harmonia no Grande Universo.

Os Sete Superuniversos no Livro de Urântia

1. Estrutura e Composição:

  • Definição: Os sete superuniversos compõem a maior divisão administrativa do Grande Universo. Cada superuniverso é um conglomerado vasto e organizado de inúmeros universos locais.
  • Distribuição: Os superuniversos estão organizados em torno do universo central de Havona, formando um círculo em torno deste núcleo divino e perfeito.

2. Os Sete Superuniversos:

  • – Nome e Localização: Cada superuniverso tem um nome e uma designação específica. Nosso superuniverso é chamado de Orvonton.
  • – Composição: Cada superuniverso contém aproximadamente 100.000 universos locais, cada um deles contendo constelações, sistemas de mundos e planetas habitados.

3. Administração e Governança:

  • Anciões dos Dias: Cada superuniverso é governado por três Anciões dos Dias, seres eternos e perfeitos que são personalidades da Trindade. Eles possuem autoridade suprema sobre seus respectivos superuniversos.
  • Funções dos Anciões dos Dias: Os Anciões dos Dias são responsáveis por manter a justiça e a ordem. Eles coordenam a administração, supervisionam os tribunais de justiça e garantem a aplicação das leis divinas.

4. Universos Locais dentro dos Superuniversos:

  • Estrutura de Governança: Cada universo local dentro de um superuniverso é governado por um Filho Criador do tipo Michael. Nosso universo local, Nébadon, é governado por Cristo Michael (Jesus de Nazaré).
  • Sedes Centrais: Cada universo local possui uma capital ou sede administrativa, onde reside o Filho Criador e seu corpo governante. Em Nébadon, a sede é Salvington.

5. Organização Interna dos Superuniversos:

  • Constelações e Sistemas: Cada universo local é subdividido em constelações e sistemas. Cada constelação contém cerca de 100 sistemas de mundos habitados, e cada sistema geralmente possui cerca de 100 planetas habitáveis.
  • Governança Local: As constelações são governadas por Filhos Vorondadeques, conhecidos como Pais da Constelação, enquanto os sistemas são administrados por Príncipes Soberanos.

6. Funções e Propósitos dos Superuniversos:

  • Evolução e Ascensão: Os superuniversos são arenas para a evolução física, intelectual e espiritual das criaturas mortais. Eles proporcionam um ambiente onde as almas podem crescer e se preparar para sua jornada de ascensão.
  • Educação e Treinamento: Dentro dos superuniversos, existem inúmeras escolas e mundos de treinamento onde as almas ascendentes recebem instrução e preparação espiritual.

7. O Papel dos Seres Espirituais:

  • Diversidade de Seres: Os superuniversos são habitados por uma vasta gama de seres espirituais, incluindo anjos, arcanjos, serafins, querubins, Melquisedeques, Filhos de Deus e muitos outros.
  • Funções e Responsabilidades: Esses seres desempenham papéis específicos na administração, educação, orientação e proteção das almas ascendentes. Eles ajudam a implementar a vontade divina e a manter a harmonia universal.

8. O Superuniverso de Orvonton:

  • – Localização: Orvonton é o superuniverso ao qual pertencemos. Ele está localizado na região espacial que inclui nossa galáxia, a Via Láctea.
  • – Administração: Orvonton é administrado a partir da capital superuniversal, Uversa, onde residem os três Anciões dos Dias que governam este superuniverso.

9. Propósitos Espirituais:

  • Crescimento e Perfeição: Os superuniversos proporcionam o ambiente necessário para o crescimento espiritual e moral das criaturas mortais. O objetivo final é que essas criaturas alcancem a perfeição divina.
  • Preparação para Havona: Os superuniversos funcionam como estágios preparatórios para a entrada no universo central de Havona, onde as almas ascendentes recebem o treinamento final antes de alcançar o Paraíso.

10. Coordenação com a Trindade:

  • Trindade do Paraíso: A Trindade do Paraíso exerce uma influência suprema sobre os sete superuniversos. Através dos Anciões dos Dias e outras personalidades trinitárias, a vontade divina é implementada e mantida em todos os níveis de criação.
  • Unidade e Harmonia: A administração dos superuniversos visa garantir a unidade e a harmonia em todo o Grande Universo, refletindo a perfeição e a sabedoria da Trindade.

Conclusão:

Os sete superuniversos no Livro de Urântia formam a maior divisão administrativa do Grande Universo, cada um composto por milhares de universos locais. Governados pelos Anciões dos Dias, os superuniversos são arenas de evolução e ascensão espiritual, onde as criaturas mortais iniciam e continuam sua jornada rumo à perfeição divina. Dentro desta estrutura, uma vasta hierarquia de seres espirituais desempenha funções essenciais na administração, educação e orientação das almas ascendentes, preparando-as para o destino final no universo central de Havona e, eventualmente, no Paraíso.

Cosmologia no Livro de Urântia

A cosmologia do Livro de Urântia apresenta uma visão detalhada e abrangente da estrutura do universo, sua organização e funcionamento. Esta visão combina elementos físicos e espirituais, oferecendo uma compreensão integrada da criação.

1. A Ilha do Paraíso:

  • – Centro Absoluto: O Paraíso é descrito como o centro absoluto e imutável de toda a criação. É a fonte de toda energia, matéria e vida. O Paraíso não é uma esfera, mas uma área plana e elíptica.
  • – Residência da Trindade: O Paraíso é a morada do Pai Universal, do Filho Eterno e do Espírito Infinito. É o núcleo administrativo do universo dos universos.

2. O Universo Central de Havona:

  • Eterno e Perfeito: Havona é um universo central, eterno e perfeito, composto por um bilhão de mundos. Ele circunda a Ilha do Paraíso.
  • Sete Circuitos: Os mundos de Havona estão organizados em sete circuitos concêntricos. Cada mundo é um paraíso de perfeição, habitado por seres perfeitos.
  • Função: Havona serve como modelo divino para os universos evolucionários e é o destino final das almas ascendentes. É também um campo de treinamento para seres espirituais e mortais ascendentes.

3. Os Sete Superuniversos:

  • Divisão Principal: O Grande Universo é dividido em sete superuniversos, cada um contendo aproximadamente 100.000 universos locais. Nosso superuniverso é chamado de Orvonton.
  • Administração: Cada superuniverso é governado por três Anciões dos Dias, seres da Trindade que garantem a justiça e a ordem. A capital de Orvonton é Uversa.
  • Estrutura: Os superuniversos formam um círculo em torno de Havona e são organizados de forma coordenada para facilitar a administração divina.

4. Os Universos Locais:

  • Composição: Cada superuniverso contém inúmeros universos locais, cada um com cerca de 10 milhões de mundos habitáveis. Nosso universo local é Nébadon, governado por Cristo Michael (Jesus de Nazaré).
  • Estrutura Interna: Um universo local é composto por constelações, sistemas e planetas. Existem 100 constelações em um universo local, cada uma contendo 100 sistemas, e cada sistema com cerca de 100 planetas habitáveis.
  • Sede Central: A capital de um universo local é onde reside o Filho Criador. Em Nébadon, essa sede é Salvington.

5. Constelações e Sistemas:

  • Constelações: Cada constelação é governada por Filhos Vorondadeques, conhecidos como Pais da Constelação. As constelações coordenam a administração entre os universos locais e os sistemas.
  • Sistemas: Cada sistema é governado por um Príncipe Soberano. Eles são responsáveis pela administração direta dos planetas habitados dentro de seus sistemas.

6. Planetas Habitados:

  • Diversidade de Mundos: Os planetas habitados variam amplamente em termos de tamanho, composição e tipos de vida. Eles são os locais onde as criaturas mortais iniciam sua jornada espiritual.
  • Evolução e Desenvolvimento: Os planetas habitados seguem um plano evolucionário que promove o desenvolvimento físico, intelectual e espiritual dos seres que os habitam.

7. Seres Espirituais e Hierarquia:

  • Diversidade de Seres: A cosmologia do Livro de Urântia inclui uma vasta hierarquia de seres espirituais, como anjos, arcanjos, serafins, querubins, Melquisedeques, Filhos de Deus e muitos outros.
  • Funções e Responsabilidades: Esses seres desempenham funções específicas na administração, educação, orientação e proteção das almas ascendentes. Eles são fundamentais para a implementação da vontade divina e a manutenção da harmonia universal.

8. A Ascensão Espiritual:

  • Jornada das Almas: A cosmologia do Livro de Urântia detalha a jornada de ascensão das almas mortais, que começa nos planetas habitados e prossegue através dos mundos de moradia, universos locais, superuniversos, até o universo central de Havona e, finalmente, o Paraíso.
  • Crescimento e Perfeição: Durante essa jornada, as almas passam por vários níveis de aprendizado e refinamento espiritual, crescendo em sabedoria, moralidade e espiritualidade.

9. A Administração Divina:

  • Governança Justa: A administração do universo é realizada por uma hierarquia de seres divinos e espirituais, que garantem a aplicação da justiça, da misericórdia e do amor divino em todos os níveis de criação.
  • Coordenação e Harmonia: A estrutura organizacional dos superuniversos e universos locais permite uma administração eficiente e coordenada, promovendo a unidade e a harmonia no Grande Universo.

Conclusão:

A cosmologia no Livro de Urântia apresenta um universo vasto e ordenado, composto pela Ilha do Paraíso, o universo central de Havona, os sete superuniversos e inúmeros universos locais. Esta estrutura complexa é governada por uma hierarquia de seres espirituais, que garantem a administração justa e harmoniosa do cosmos. A jornada de ascensão das almas mortais, desde os planetas habitados até o Paraíso, reflete a busca pela perfeição divina e a realização do propósito espiritual último, em alinhamento com a vontade do Pai Universal.

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Urântia

Já ouviu falar do Livro de Urântia?

Nas próximas semanas, irei publicar artigos sobre o assunto, de forma a compilar um resumo, mas bem resumido mesmo, sobre o Livro, que tem mais de 2.000 páginas…..

O Livro de Urântia: Um Resumo

Introdução:

O Livro de Urântia, publicado pela primeira vez em 1955 pela Urântia Foundation, é uma obra extensa e complexa que aborda temas espirituais, filosóficos e científicos, integrando conceitos de cosmologia, teologia e história. Ele é apresentado como uma revelação sobre a origem, história e destino da humanidade, bem como uma descrição detalhada da estrutura e funcionamento do universo.

Estrutura do Livro:

O livro é dividido em quatro partes principais:

1. Parte I: O Universo Central e os Superuniversos

  • – Descreve a natureza de Deus, a Trindade, e a organização do universo central e dos superuniversos. Introduz conceitos como a Ilha do Paraíso, a residência de Deus, e a Trindade do Paraíso, composta pelo Pai Universal, o Filho Eterno e o Espírito Infinito.
  • – Explica a criação e administração dos universos locais, governados por Filhos Criadores, como Cristo Michael, o governante do nosso universo local de Nébadon.

2. Parte II: O Universo Local

  • – Detalha a estrutura e funcionamento do nosso universo local, Nébadon, e seus componentes, incluindo a sede administrativa em Salvington.
  • – Apresenta a criação dos diversos tipos de seres espirituais e materiais que habitam o universo local, incluindo anjos, serafins e seres intermediários.

3. Parte III: A História de Urântia

  • – Foca na história do nosso planeta, Urântia (o nome dado à Terra no livro), desde sua formação até os tempos presentes.
  • – Narra a chegada dos primeiros seres humanos, a evolução da civilização, e os papéis de figuras espirituais importantes, como Adão e Eva e Melquisedeque.
  • – Aborda as rebeliões espirituais e suas consequências, incluindo a rebelião de Lúcifer e a missão de Cristo Michael como Jesus de Nazaré.

4. Parte IV: A Vida e os Ensinamentos de Jesus

  • – Oferece uma biografia detalhada de Jesus, descrevendo eventos de sua infância, juventude, vida pública e crucificação.
  • – Destaca seus ensinamentos, milagres e a importância de sua vida e missão para a espiritualidade e evolução humana.

Temas Principais:

– Deidade e Divindade:

  • – O livro apresenta uma visão complexa de Deus e da Trindade, descrevendo-os como seres infinitos e eternos que governam e sustentam o universo.
  • – Discute a relação entre Deus e os seres humanos, enfatizando a paternidade divina e a irmandade universal.

– Cosmologia:

  • – Descreve uma estrutura do universo composta por múltiplos níveis e ordens de realidade, incluindo o universo central, os superuniversos e os universos locais.
  • – Explica a criação e administração dos mundos habitados e a progressão espiritual das criaturas mortais.

– História e Evolução:

  • – Apresenta uma visão detalhada da evolução da vida em Urântia, desde a origem da vida até o desenvolvimento das civilizações humanas.
  • – Inclui relatos de eventos históricos e espirituais significativos, como as rebeliões celestiais e as missões de figuras espirituais.

– Espiritualidade e Ética:

  • – Enfatiza a importância da busca pessoal pela verdade, beleza e bondade como um caminho para a realização espiritual.
  • – Promove valores como o amor, a compaixão, a justiça e a verdade, baseados nos ensinamentos de Jesus.

Conclusão:

O Livro de Urântia é uma obra abrangente que oferece uma visão integrada e multifacetada do universo, da espiritualidade e da evolução humana. Ele propõe um entendimento profundo e interconectado da realidade, incentivando uma busca contínua pela sabedoria e crescimento espiritual. A sua leitura pode ser desafiadora devido à complexidade dos temas abordados, mas para aqueles que se dedicam a estudá-lo, ele promete uma perspectiva rica e transformadora sobre a existência e o cosmos.

Estrutura Geral do Universo no Livro de Urântia

1. O Grande Universo:

  • Definição: O Grande Universo é o conjunto organizado e habitado de toda a criação. Ele inclui o universo central de Havona e os sete superuniversos.
  • Domínio Habitável: O Grande Universo é a parte do cosmos que é habitada por seres inteligentes e organizada de acordo com os planos divinos.

2. O Universo Central de Havona:

  • Localização e Composição: Havona está localizado no centro do Grande Universo, cercando a Ilha do Paraíso. Ele é composto por um bilhão de mundos perfeitos e eternos, organizados em sete circuitos concêntricos.
  • Características: Havona é eterno, perfeito e imutável. Serve como o modelo ideal para todos os universos evolucionários e é o destino final das almas ascendentes.
  • Função Espiritual: Havona é o campo de treinamento final para as almas ascendentes, proporcionando experiências de aprendizagem espiritual antes da entrada no Paraíso.

3. A Ilha do Paraíso:

  • Centro Absoluto: A Ilha do Paraíso é o centro eterno e imóvel de toda a criação. É a fonte da gravidade física e espiritual e a morada do Pai Universal, do Filho Eterno e do Espírito Infinito.
  • Natureza: O Paraíso é uma realidade física, espiritual e transcendental, distinta de todos os outros níveis de existência.

4. Os Sete Superuniversos:

  • Estrutura: O Grande Universo é dividido em sete superuniversos, que circundam o universo central de Havona. Cada superuniverso é composto por muitos universos locais.
  • Governança: Cada superuniverso é administrado por três Anciões dos Dias, que são personalidades da Trindade. Eles garantem a justiça, a ordem e a administração adequada dentro de seus domínios.
  • Composição: Cada superuniverso contém aproximadamente 100.000 universos locais. O nosso superuniverso é Orvonton.

5. Os Universos Locais:

  • Organização: Cada universo local é composto por constelações, sistemas e planetas habitados. Um universo local típico inclui cerca de 10 milhões de mundos habitáveis.
  • Administração: Cada universo local é governado por um Filho Criador do tipo Michael. Nosso universo local, Nébadon, é governado por Cristo Michael (Jesus de Nazaré).
  • Capital: A sede administrativa de um universo local é um planeta ou sistema central, em Nébadon, essa sede é Salvington.

6. Constelações e Sistemas:

  • Constelações: Cada universo local é dividido em 100 constelações. Cada constelação contém cerca de 100 sistemas de mundos habitados. As constelações são governadas por Filhos Vorondadeques, conhecidos como os Pais da Constelação.
  • Sistemas: Cada constelação é composta por 100 sistemas de mundos habitados. Cada sistema é governado por um Príncipe Soberano. Um sistema típico contém cerca de 100 planetas habitáveis.

7. Planetas Habitados:

  • Diversidade de Mundos: Os planetas habitados são variados e diversificados, cada um adaptado para abrigar diferentes formas de vida inteligente. Eles são os pontos de partida para a jornada espiritual das criaturas mortais.
  • Evolução e Desenvolvimento: Os planetas habitados são cenários para a evolução física, intelectual e espiritual dos seres mortais. Cada planeta segue um plano evolucionário que leva ao desenvolvimento de civilizações avançadas e espiritualmente conscientes.

8. Propósito e Função do Grande Universo:

  • Desenvolvimento Espiritual: O Grande Universo proporciona o ambiente onde as criaturas mortais podem evoluir, aprender e crescer espiritualmente. Ele é projetado para facilitar a ascensão das almas rumo à perfeição divina.
  • Administração Divina: A estrutura organizada do Grande Universo permite uma administração eficiente e justa, garantindo que a vontade divina seja realizada em todos os níveis da criação.

9. A Jornada de Ascensão:

  • Início na Vida Mortal: A jornada de ascensão começa na vida mortal nos planetas habitados. Os seres humanos começam seu desenvolvimento espiritual, guiados pelos Ajustadores do Pensamento.
  • Progressão através dos Mundos de Moradia: Após a morte física, as almas sobreviventes continuam sua ascensão nos mundos de moradia, recebendo treinamento adicional e se preparando para etapas mais avançadas.
  • Avanço pelos Universos Locais e Superuniversos: A jornada continua através dos universos locais e superuniversos, com os ascendentes passando por diversos níveis de treinamento e experiência espiritual.
  • Destino Final em Havona e no Paraíso: O objetivo final é alcançar Havona e, eventualmente, o Paraíso, onde as almas se unem eternamente com Deus.

10. Hierarquia de Seres Espirituais:

  • Diversidade de Seres: O Grande Universo é habitado por uma vasta gama de seres espirituais, cada um desempenhando funções específicas. Isso inclui anjos, arcanjos, serafins, querubins, Melquisedeques, Filhos de Deus e muitos outros.
  • Funções e Responsabilidades: Esses seres espirituais são responsáveis por várias tarefas, desde a administração e governança até a orientação e proteção das almas ascendentes.

Conclusão:

A estrutura geral do universo, conforme descrita no Livro de Urântia, é um sistema altamente organizado e harmonioso, composto pelo universo central de Havona, a Ilha do Paraíso, e os sete superuniversos, que incluem inúmeros universos locais. Essa estrutura facilita a evolução e o desenvolvimento espiritual das criaturas mortais, proporcionando um caminho claro para a ascensão espiritual e a eventual união com o Pai Universal no Paraíso. A administração divina, realizada por uma vasta hierarquia de seres espirituais, garante a justiça, a ordem e a realização da vontade divina em toda a criação.

 O Universo Central e os Superuniversos no Livro de Urântia

1. Estrutura Geral do Universo:

   – O Grande Universo: O Livro de Urântia descreve o Grande Universo, que inclui o universo central de Havona e sete superuniversos. Este é o domínio habitado e organizado da criação.

   – O Universo dos Universos: Além do Grande Universo, existe o universo dos universos, incluindo áreas ainda não organizadas e habitadas, que representam o universo finito em evolução.

2. O Universo Central de Havona:

  • Descrição: Havona é um universo central e perfeito, localizado no centro de toda a criação. Ele é eterno e não foi criado; sempre existiu.
  • Composição: Havona consiste em um bilhão de mundos perfeitos e eternos, dispostos em sete circuitos concêntricos ao redor da Ilha do Paraíso.
  • Função: Havona serve como o modelo divino de perfeição para todos os universos evolucionários. É o lar da Trindade do Paraíso e o destino final para as almas ascendentes dos superuniversos.
  • Perfeição: Os mundos de Havona são habitados por seres perfeitos que nunca caíram em pecado ou rebelião. Eles são governados diretamente pela Trindade e mantêm um estado de harmonia e perfeição divina.

3. A Ilha do Paraíso:

  • Centro Absoluto: A Ilha do Paraíso é o centro absoluto de toda a criação, onde reside o Pai Universal, o Filho Eterno e o Espírito Infinito. É a fonte de toda energia, matéria e vida.
  • Imutável: O Paraíso é uma realidade física, espiritual e transcendental, sendo imutável e eterno. Ele não tem um começo nem um fim.

4. Os Sete Superuniversos:

  • Divisão do Grande Universo: O Grande Universo é dividido em sete superuniversos, cada um composto por múltiplos universos locais. O nosso superuniverso é chamado de Orvonton.
  • Administração: Cada superuniverso é governado por três Anciões dos Dias, seres eternos e perfeitos da Trindade. Eles garantem a justiça e a ordem em seus respectivos domínios.
  • Estrutura dos Superuniversos: Cada superuniverso contém cerca de 100.000 universos locais. Cada universo local, por sua vez, é composto por constelações, sistemas e planetas habitados.

5. Os Universos Locais:

  • Governança: Cada universo local é governado por um Filho Criador do tipo Michael. Nosso universo local é Nébadon, governado por Cristo Michael (Jesus de Nazaré).
  • Estrutura: Um universo local típico contém cerca de 10 milhões de mundos habitáveis. Ele é organizado em 100 constelações, cada uma contendo 100 sistemas, e cada sistema contendo cerca de 100 planetas habitáveis.
  • Administração Local: Os universos locais são administrados a partir de uma sede central. Em Nébadon, a capital é Salvington.

6. Propósito e Função dos Superuniversos e Universos Locais:

  • Evolução e Ascensão: Os superuniversos e universos locais são o cenário para a evolução e ascensão das criaturas mortais. As almas mortais começam sua jornada espiritual nos planetas materiais e progridem através dos mundos de moradia, universos locais, superuniversos e finalmente Havona.
  • Desenvolvimento Espiritual: A jornada de ascensão permite o desenvolvimento espiritual, moral e intelectual das criaturas, preparando-as para alcançar a perfeição divina e a união com Deus no Paraíso.

7. Hierarquia de Seres Espirituais:

  • Diversidade de Seres: Os superuniversos e universos locais abrigam uma vasta diversidade de seres espirituais, incluindo anjos, arcanjos, serafins, querubins e uma variedade de ordens de Filhos de Deus.
  • Funções Variadas: Esses seres desempenham funções específicas na administração, educação, orientação e proteção das criaturas ascendentes.

8. A Administração Espiritual:

  • Governança Justa: A administração dos superuniversos e universos locais é baseada em princípios de justiça, misericórdia e amor divinos. As decisões são tomadas com base na sabedoria infinita da Trindade e na orientação dos Anciões dos Dias e Filhos Criadores.
  • Coordenação e Harmonia: A administração espiritual garante a coordenação e harmonia entre os diversos níveis de criação, promovendo a unidade e o progresso espiritual de todas as criaturas.

Conclusão:

O universo central de Havona e os sete superuniversos formam a estrutura básica do Grande Universo conforme descrito no Livro de Urântia. Havona é o modelo perfeito e eterno, enquanto os superuniversos são domínios evolucionários onde as criaturas mortais iniciam sua jornada de ascensão espiritual. Cada superuniverso, composto por inúmeros universos locais, é administrado por seres divinos que garantem a justiça, a ordem e o desenvolvimento espiritual. Essa estrutura proporciona um ambiente organizado e harmonioso para a progressão espiritual das almas, culminando na perfeição divina e na união eterna com o Pai Universal no Paraíso.

Continua…..

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Vamos Filosofar um pouco????

Vamos lá…. Vamos queimar a cabeça e deixar a caspa virar Mandiopã…..

Lembram do Mandiopã?

O Problema do Mal

É uma questão filosófica e teológica central que questiona como o mal pode existir em um mundo governado por um Deus que é simultaneamente onipotente, onisciente e infinitamente bom. Este dilema tem sido um dos debates mais persistentes na história do pensamento religioso e filosófico, especialmente dentro do cristianismo, judaísmo e islamismo, mas também é relevante em outras tradições religiosas e contextos filosóficos. 

Origens do Problema 

O Problema do Mal surge principalmente em contextos teístas onde Deus é entendido como tendo as três propriedades mencionadas: onipotência (todo-poderoso), onisciência (todo-sabedor) e benevolência (infinitamente bom). O dilema é formulado da seguinte maneira: 

  • Se Deus é onipotente, Ele tem o poder para prevenir todo mal. 
  • Se Deus é onisciente, Ele sabe quando e onde o mal ocorrerá. 
  • Se Deus é benevolente, Ele desejará prevenir todo mal. 
  • No entanto, o mal existe. 

Respostas ao Problema 

Ao longo dos séculos, várias respostas foram propostas para resolver ou abordar esse dilema: 

1. Livre-arbítrio: Uma das respostas mais comuns é que Deus deu aos seres humanos livre-arbítrio, e o mal é o resultado das escolhas livres feitas por pessoas. A capacidade de escolher é vista como um bem maior que justifica a possibilidade do mal. No entanto, essa resposta frequentemente enfrenta desafios relacionados ao mal natural (como terremotos e doenças) que não são causados por ações humanas. 

2. Desenvolvimento de Virtudes: Outra abordagem é que o mal permite o desenvolvimento de virtudes como coragem e compaixão. Em outras palavras, sem enfrentar o mal e os desafios, certos tipos de bens não poderiam existir. 

3. O Mal Como Ausência de Bem: Alguns filósofos, como Agostinho, argumentam que o mal não é uma entidade ou força própria, mas sim a ausência ou privação do bem. Nessa visão, Deus não criou o mal; em vez disso, o mal ocorre quando algo de bom falta ou falha. 

4. Teodiceia e Planos Insondáveis: A ideia de teodiceia envolve justificar as maneiras de Deus perante o mundo. Alguns teólogos e filósofos sugerem que o mal faz parte de um plano divino mais amplo e incompreensível para os seres humanos, onde todos os eventos, incluindo aqueles que são maus, têm um propósito final bom. 

5. O Problema do Mal Como Evidência Contra Deus: No lado mais cético, algumas pessoas usam o problema do mal como um argumento contra a existência de um Deus onipotente e benevolente. Este é um ponto central no argumento ateu e agnóstico, sugerindo que a natureza do mal no mundo é incompatível com um Deus como tradicionalmente concebido. 

Impacto e Discussões Contemporâneas 

O Problema do Mal continua a ser um ponto de intensa discussão e reflexão, não apenas em círculos teológicos, mas também em considerações éticas, políticas e pessoais sobre como lidar com o sofrimento e a injustiça no mundo. As respostas a este problema muitas vezes moldam as visões das pessoas sobre a religião, o propósito da vida e a natureza da moralidade humana e divina. 

Diferentes filósofos abordaram o Problema do Mal de várias maneiras, refletindo uma ampla gama de perspectivas que vão desde tentativas teístas de reconciliar a existência de Deus com o mal no mundo até abordagens mais céticas que questionam a existência de um Deus benevolente. Aqui estão algumas das opiniões e contribuições mais influentes de filósofos ao longo da história: 

1. Agostinho de Hipona (354–430): Agostinho argumentou que o mal não é uma substância ou entidade, mas uma privação do bem, uma falta de algo que deveria estar presente. Ele também defendeu que o livre-arbítrio humano é a causa do mal moral e que os desastres naturais são consequência do pecado original. Vamos falar, mais abaixo, sobre essa consideração em particular…

2. Tomás de Aquino (1225–1274): Tomás também viu o mal como uma privação do bem e destacou a importância do livre-arbítrio. Ele acreditava que Deus permite o mal para trazer um maior bem, uma perspectiva que tenta mostrar que Deus tem um plano maior, muitas vezes incompreensível para os humanos. 

3. David Hume (1711–1776): Em sua obra “Diálogos sobre a Religião Natural”, Hume foi muito crítico em relação à ideia de um Deus onisciente e todo-poderoso dada a presença do mal. Ele argumentou que a existência do mal é incompatível com um Deus que possui as três qualidades de onipotência, onisciência e benevolência, e isso seria uma evidência contra a existência desse tipo de Deus. 

4. Gottfried Wilhelm Leibniz (1646–1716): Leibniz propôs uma famosa teodiceia, argumentando que nosso mundo, apesar de seu mal, é o “melhor dos mundos possíveis” que Deus poderia ter criado. Segundo ele, qualquer mudança no mundo atual poderia levar a um maior desequilíbrio e mais mal. 

5. Alvin Plantinga (1932–): Plantinga, um filósofo contemporâneo, desenvolveu uma defesa do livre-arbítrio, argumentando que Deus, ao criar seres livres, permitiu a possibilidade do mal, mas que o livre-arbítrio é um bem maior. Plantinga sustenta que é logicamente possível para Deus ser onipotente e todo-bondoso, enquanto ainda existe o mal devido ao livre-arbítrio. 

6. J.L. Mackie (1917–1981): Mackie defendeu o argumento da incompatibilidade, afirmando que a existência do mal é lógica e factualmente inconsistente com a existência de um Deus onipotente e totalmente benevolente. Ele argumentou que se Deus existisse, não deveria haver mal algum, o que claramente não é o caso. 

Cada um desses filósofos trouxe uma perspectiva única ao Problema do Mal, influenciando tanto os debates teológicos quanto os filosóficos. Essas discussões continuam a ser relevantes hoje, influenciando como as pessoas entendem a relação entre fé, mal e a natureza do divino. 

Segundo Santo Agostinho

Esta é uma elaboração não apenas centrada na visão de Agostinho para o problema do mal como também encerra em si uma crítica ao mesmo, e para aqueles vieses teológicos que de certa forma coadunam com tal explanação para o mal no mundo. 

O problema do mal se constitui em um dos grandes problemas da filosofia, e nada melhor, neste contexto, de citar Santo Agostinho que inexoravelmente “precisa” elaborar, por assim dizer, um pensamento que unifique um entendimento das idiossincrasias existenciais com fé e razão. 

Podemos então dizer que o mote principal de Agostinho para o mal e seus desdobramentos é a idéia de que o mal e si é necessário para que possamos apreciar melhor o bem. Santo Agostinho observou que, se nada de mal acontecesse alguma vez, não poderíamos conhecer e apreciar o bem. 

É interessante lembrar que ele, antes de ser cristão, foi um maniqueísta e o Maniqueísmo defendia que havia dois princípios opostos:

Deus

Um Deus bom e outro mal e que, portanto, o mal era uma substância. Somente depois, Santo Agostinho vai encontrar uma fantástica solução para a resolução do problema. A solução deste problema por ele achada foi a sua libertação e a sua grande descoberta filosófico-teológica, e marca uma diferença fundamental entre o pensamento grego e o pensamento cristão. Antes de tudo, nega a realidade metafísica do mal. 

Ele constata que o mal não é um ser, não tem caráter ontológico, não tem nada de positivo, enfim ele é um não-ser. Ele diz: “O mal não tem natureza alguma, pois a perda do ser é que tomou o nome de mal”. 

Se todo o bem fosse retirado das coisas boas, nada sobraria, pois o mal não é uma substância como queria os maniqueístas, e assim sendo seria impossível que o mal tenha se originado de Deus, pois Deus é aquele que dá o ser às coisas. 

A Solução de Agostinho

A solução de Agostinho para o problema do mal está relacionada à pergunta “o que é o mal?” 
Em Agostinho temos dois silogismos acerca da inautenticidade do mal: 

Primeiro silogismo: 

  • 1) Todas as coisas que Deus criou são boas;  
  • 2) o mal não é bom;  
  • 3) portanto, o mal não foi criado por Deus. 

Segundo Silogismo: 

  • 1) Deus criou todas as coisas;  
  • 2) Deus não criou o mal;  
  • 3) portanto,o mal não é uma coisa. 
     

Agostinho observou que o mal não poderia ser escolhido, pois ele não era uma coisa a ser escolhida.  

Alguém pode apenas afastar-se do bem, isso é, de um grau maior para um grau menor (na hierarquia de Agostinho) desde que todas as coisas são boas. Pois, segundo ele, quando a vontade abandona o que está acima de si e se vira para o que está abaixo, ela se torna má – não porque é má a coisa para a qual ela se vira, mas porque o virar em si é mau.  

O mal, então, é o próprio ato de escolher um bem menor. Para Agostinho a fonte do mal está no livre arbítrio das pessoas e na contemplação das dimensões do mal que, a saber, são de caráter metafísico, físico e moral. 

Esta observação é parcialmente lógica e parcialmente psicológica. Logicamente, na ausência do conceito de mal não poderia haver uma concepção do bem, tal como não poderia haver uma noção de alto na ausência de uma noção de baixo. Não poderíamos sequer saber o que é o bem se não tivéssemos o mal para servir de comparação.  

Além disso, psicologicamente, se nunca sofrêssemos, tomaríamos as coisas boas por garantidas e não as desfrutaríamos tanto. Como poderíamos reconhecer e desfrutar a saúde se não existisse a doença? Portanto, desejar um mundo que contenha apenas coisas boas é uma tolice. 

No entanto, mesmo que isto seja verdade, explica apenas por que razão Deus poderia permitir a existência de algum mal. De fato, podemos precisar que nos aconteça algumas coisas más de vez em quando, apenas para que não nos esquecermos que somos tão afortunados.  

Mas, existe muito mal no mundo…

Mas isto não explica por que razão há tanto mal no mundo. O problema é que o mundo contém mais mal do que necessário para apreciar o bem. Se por exemplo o número de pessoas que morrem de tuberculose por ano fosse reduzido para metade, isso seria ainda suficiente para nos fazer apreciar a saúde.  

E como já temos que lidar com a tuberculose, não precisamos realmente do câncer, e ainda menos da AIDS, da distrofia muscular, da paralisia cerebral, do Ebola, Covid-19, da doença de Alzheimer e por aí vai. 

A idéia de que o mal é um castigo pela conduta imoral é de caráter teológico e remonta à história da Criação do Gênesis, que nos diz que inicialmente os seres humanos habitavam em um mundo sem mal, mas de repente entram dois protagonistas famosos nesta histeria lúdica chamados de Adão e Eva, e com a ajuda de uma “serpente”, o resto é “estória”. 

O problema de Agostinho passou a ser casar o conhecimento antigo com sua nova crença e mostrar que eram interdependentes. 

Ele também tinha um problema com o Tempo e a Criação. Segundo o Gênese, deus criou o mundo do nada. Mas na filosofia grega havia uma forte objeção a algo ser criado do nada. O que Deus andava fazendo antes de criar o céu e a terra? 

Agostinho não aceitava responder essa pergunta, mas fazia a seguinte piada: “preparando o INFERNO para quem mete o bedelho nos mistérios”. 

 Se não debatermos filosoficamente estes fatos, vai parecer que todo argumento que o refuta é de caráter reducionista e dispensável, dado o caráter próprio do que a humanidade entende por teologia e suas premissas atemporais, dogmáticas e inexoráveis. 

E a Religião?

Dizer que podemos livrar a religião do criticismo filosófico, este engendrado a partir dos grandes iluministas, é um erro crasso, que foge do escopo da própria filosofia em seu sentido “estrito”, o que difere do senso comum e das crenças verdadeiras. Assim como é errôneo dizer que o próprio movimento do cristianismo da era medieval fosse é um movimento que concebe o homem em toda sua totalidade a partir de pressupostos alhures à sua própria natureza humana e pragmática.

Este é um erro oriundo não da tentativa de conceber Deus racionalmente, mas de impor ao homem, a partir de Deus, premissas santificadas que estão além de sua praticabilidade, que o remete à culpa de “nada”, e o amedronta por séculos até os dias de hoje. Não creio que uma lógica axiomática de belos dizeres dogmáticos e religiosos venha a atender os grandes problemas da humanidade que estão, livremente, no acesso do campo da filosofia estrita e questionadora, que é um campo neutro, sempre sendo bombardeado, hoje, pela ciência e a religião. 

Impreterivelmente a filosofia para alguns estancará no período medieval, e me pergunto se ainda assim os coadunados apenas com Platão, Sócrates e Aristóteles, que fomentam Agostinho e Aquino, não reduzirão ao pó os outros vieses filosóficos até a nossa contemporaneidade, que analogamente ao processo dialético histórico, também evoluiu. 

Digo-lhe que há muitos problemas relacionados à atemporalidade e supremacia da verdade a partir da teologia, me parece que de fato ela só pode ser apreendida a partir de sua infantilidade expoente no inconsciente humano, caso contrário o homem, ao invés de ficar “encima do muro do agnosticismo” hoje, verificaria de pronto a improcedência da teologia como forma de controle passional versus a “racionalidade” da mesma. 

Se não forem as questões políticas como debatemos de início aqui, adentraremos em outro debate exaustivo acerca daquilo que é “humanamente constituído” como verdades eternas, e muitas delas que endossam dogmas que não atendem as necessidades do homem moderno, se é que alguma uma vez o atendeu! 

Há de ser compreendido aqui que as questões não são de caráter de refutação do viés religioso a esmo, mas sim de como esta é classificada dentro da teoria do conhecimento, e como pode ocorrer aos doutos da igreja se apoderar de questões que endossam a irrefutabilidade daquilo que é incognoscível, e quem tem o direto de determinar que Deus ora castiga, ora ama; ora perdoa, ora abençoa? Que contribuição estaríamos aqui falando deste “caldinho”? 
Não dá para desatar Agostinho e Aquino nesta produção histórica, mesmo se assim fosse, iríamos descambar para outras questões muito pertinentes que estão inexoravelmente atreladas ao pensar peculiar de sua época mediante uma Europa desmantelada, em que o homem foi incitado a olhar para longe de si mesmo. 

Posted by cogitoinexcelsius in Uncategorized

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Sócrates (469-399 a.C.) – Só sei que nada sei!

Nascido em Atenas, em 469 a.C., Sócrates era filho de um pedreiro e de uma parteira. É provável que tenha seguido a profissão do pai, mas teve a oportunidade de estudar filosofia antes de ser convocado para o serviço militar. Depois de se destacar na guerra do Peloponeso, retornou para Atenas e por um período, envolveu-se na política. Quando seu pai morreu, herdou dinheiro suficiente para viver com a esposa Xantipa sem precisar trabalhar. Foi condenado à morte por seus pensamentos. Preferiu morrer a exilar-se e recebeu a dose fatal de cicuta em 399 a.C.

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Filosofia Antiga

Filosofia – do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria»

Filosofia antiga é o período compreendido entre o surgimento da filosofia e a queda do Império Romano.

A filosofia antiga nasceu de uma necessidade em definir o mundo com explicações reais. O primeiro filósofo foi Tales de Mileto. Originalmente, todas as áreas que hoje denominamos ciências faziam parte da Filosofia: expressão, no mundo grego, de um conjunto de saber nascido em decorrência de uma atitude. 

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