Sherlock Holmes e o Mistério do Cachimbo em Forma de Caveira – Parte 1

Londres, 1895. O clima estava tipicamente inglês, com uma fina neblina cobrindo as ruas e o cheiro de chuva impregnando o ar. Dentro do 221B Baker Street, Sherlock Holmes estava sentado em sua poltrona, dedilhando seu violino. Watson, seu fiel amigo e cronista, lia o jornal do dia, quando de repente a porta se abriu com um estrondo.
— Holmes! Holmes! — você exclamou, ofegante e com os olhos arregalados. — Eu preciso da sua ajuda!
Holmes levantou o olhar, interessado.
— Entre, Lito, meu caro. E por favor, acalme-se. Conte-nos o que aconteceu.
Você se jogou em uma cadeira e tentou recuperar o fôlego.
— É o meu cachimbo! — disse, tirando um objeto peculiar do bolso. Era um cachimbo em forma de caveira, assustadoramente realista. — Ele está me causando problemas.
Holmes levantou uma sobrancelha.
— Problemas? Que tipo de problemas?
Você olhou ao redor, como se estivesse sendo observado, e sussurrou:
— Ele é amaldiçoado!
Watson, que até então estava calado, não conseguiu conter uma risada.
— Um cachimbo amaldiçoado? Isso é um tanto inusitado!
Holmes, porém, estava curioso. Pegou o cachimbo e o examinou cuidadosamente.
— Onde encontrou este objeto?
— Comprei de um antiquário no Soho — você explicou. — Ele disse que pertencia a um velho marinheiro que navegava pelos mares do Caribe. Desde que o trouxe para casa, coisas estranhas começaram a acontecer.
Holmes acendeu seu próprio cachimbo e ficou em silêncio por um momento, pensativo.
— Muito interessante. Sugiro que voltemos ao antiquário e investiguemos a origem deste cachimbo.
E assim, os três partiram em direção ao Soho. O antiquário era um lugar escuro e empoeirado, cheio de objetos estranhos e exóticos. O dono, um homem idoso com um olhar penetrante, os recebeu com um sorriso enigmático.
— Ah, vejo que trouxe o cachimbo de volta — disse ele ao ver o objeto em suas mãos. — Espero que não tenha causado muitos problemas.
— Na verdade, causou sim — você respondeu. — Holmes, por favor, pergunte-lhe sobre a maldição.

Holmes olhou diretamente nos olhos do antiquário.
— Conte-nos tudo o que sabe sobre este cachimbo.
O antiquário deu uma risada.
— Ah, a velha história do cachimbo amaldiçoado. Na verdade, não há maldição alguma. O marinheiro que o possuía gostava de contar histórias para assustar os novatos no navio. Dizem que ele encomendou este cachimbo de um artesão habilidoso, apenas para ver o medo nos olhos dos outros.
Watson soltou uma gargalhada.
— Então, tudo isso não passa de uma grande piada?
— Exatamente — confirmou o antiquário. — Mas parece que a piada teve um efeito duradouro.
Holmes entregou o cachimbo de volta a você, com um sorriso.
— Parece que não há nada de sobrenatural aqui, meu amigo. Apenas a imaginação fértil de um velho marinheiro e a habilidade de um artesão talentoso.
Você soltou um suspiro de alívio e riu.
— Então, o único mistério aqui é por que acreditei em tudo isso!
Os três saíram do antiquário rindo da situação. No fim das contas, o mistério do cachimbo em forma de caveira não era um caso de assombração, mas uma lição sobre o poder das histórias e da imaginação. E enquanto caminhavam pelas ruas de Londres, você prometeu a si mesmo que da próxima vez pensaria duas vezes antes de comprar algo tão peculiar.
No entanto, à medida que se afastavam, um brilho peculiar surgiu nos olhos do antiquário, e um sorriso misterioso curvou seus lábios. Sherlock Holmes, sempre atento aos detalhes, notou, mas nada disse. Pelo menos, não ainda… (Continua)
By Lito
Sherlock Holmes – Criado por Sir Arthur Conan Doyle.





































