La vecchiaia è brutale!


Consenescere – Envelhecendo – Invecchiando

A Incrível Arte de Envelhecer com Graça (ou pelo menos tentar)

Envelhecer é uma arte. Sim, você leu certo, uma arte. E como qualquer arte, nem todo mundo tem talento nato para isso. Quando eu era criança, achava que velhice era apenas cabelo branco e bengala. Agora, ao me olhar no espelho, percebo que há muito mais por trás dessas rugas e fios prateados.

O primeiro sinal de que a idade está batendo à porta é a mudança no vocabulário. Palavras como “reumatismo”, “pressão alta” e “onde coloquei meus óculos?” passam a fazer parte do nosso cotidiano. E não me faça falar sobre a quantidade de cremes que agora habitam o armário do banheiro. Antigamente, um sabonete e um shampoo davam conta do recado. Hoje, é um verdadeiro arsenal de antirrugas, anti-idade, anti-tudo.

O segundo sinal são as festas. Ah, as festas… Lembra de quando as festas começavam às 22h e só terminavam quando o sol já estava se espreguiçando? Agora, a ideia de sair de casa depois das 21h é praticamente uma missão impossível. E quando a gente vai, precisa de um dia inteiro para se recuperar. Balada? Só se for a balada da Netflix, de preferência com uma boa xícara de chá.

E o que dizer das músicas? Aquelas canções que embalavam nossos momentos de rebeldia juvenil agora tocam em versões remixadas e a gente se pega dizendo: “no meu tempo, isso sim era música!”. Viramos nossos pais. É inevitável.

E não podemos esquecer dos esportes. A juventude nos deu a falsa impressão de que somos indestrutíveis. Subir uma ladeira, correr atrás do ônibus ou até mesmo pular uma cerca (quem nunca?) eram tarefas simples. Hoje, levantar do sofá já é uma conquista digna de medalha olímpica. E, claro, tem sempre aquele joelho que resolve doer do nada, só para nos lembrar que estamos envelhecendo.

Mas a melhor parte de envelhecer é, sem dúvida, a sabedoria adquirida. Finalmente entendemos que a vida não precisa ser uma corrida contra o tempo. Aprendemos a valorizar os pequenos momentos, a rir de nós mesmos (e das nossas trapalhadas) e a apreciar a companhia das pessoas queridas. E, convenhamos, quem precisa de festa até o amanhecer quando se tem um bom livro e uma cama confortável?

Envelhecer, afinal, é inevitável. E se é para envelhecer, que seja com humor, graça e muita risada. Porque, no fim das contas, a vida é uma grande comédia e nós somos os protagonistas dessa história cheia de peripécias e aventuras.

Então, que venham as rugas, os cabelos brancos e as dores nas costas. Estamos prontos para encarar tudo isso com um sorriso no rosto e uma boa dose de bom humor. Afinal, como dizia um sábio (que provavelmente também estava enfrentando a velhice): rir é o melhor remédio!


Lito

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