Rock Progressivo – Introdução

Pink Floyd

Rock progressivo é um estilo musical que surgiu no final da década de 60, no Reino Unido, e ficou muito conhecido a partir da década de 70. O Estilo recebeu influência direta da música clássica, e do Jazz Fusion. Deste estilo surgiu o Rock sinfônico, Space rock, e Metal progressivo. O estilo também foi influenciado pelo rock Psicodélico, e pela banda The Beatles, em sua fase final. A banda mais famosa no rock progressivo é a banda inglesa Pink Floyd.

Genesis

O Rock progressivo surgiu de forma avassaladora nos anos 70, porém na mesma década perdeu força para o Punk Rock. Ainda hoje as bandas do estilo são muito bem conceituadas. No reino unido, Pink Floyd foi uma febre, o álbum The Dark Side of the Moon foi um dos mais vendidos na Inglaterra, em todos os tempos. Estima-se (dado não oficial) que 8 em cada 10 casas do Reino Unido tem um disco ou CD do Pink Floyd.

A banda Renaissance, e a banda Queen, são dois exemplos de bandas que passaram a tocar rock progressivo após o início da carreira.  Nos anos 70 surgiu a banda Kansas, uma das pioneiras do rock progressivo nos EUA.

No Brasil, a banda Os Mutantes se destaca, por inovar bastante o rock progressivo, misturando outros estilos. A banda é conceituada no exterior, já tendo feio shows no Reino unido e outros países da Europa.

Características do rock progressivo:

Músicas com composições longas, com músicas complexas e harmoniosas, lembrando a Música Erudita Algumas músicas, chamadas Épicas, atingem mais de 20 minutos, como é o caso da música “Echoes” com 23 minutos e meio, “Shine on you Crazy Diamond” e “Atom Hearth Mother” com 23:41 minutos, ambas do Pink Floyd e Thick as a Brick do Jethro Tull

As letras abordam temas épicos, assim como ficção científica, guerra, ódio, entre outros. A banda Pink Floyd focou muitas músicas na guerra, um dos álbuns da banda gerou um filme, The Wall.

Álbuns conceituais, onde o tema do álbum é trabalhado aos poucos durante o álbum, até chegar no desfecho. O maior exemplo de álbum conceitual é The Wall, que se tornou filme. No filme, as cenas são baseadas nas músicas.

Uso de instrumentos eletrônicos, e também flauta, Violoncelo, trompete, entre outros.

Existe uma teoria de que o álbum The Dark Side of the Moon foi feito em homenagem ao filme O Mágico de Oz, e as músicas seriam uma trilha sonora do filme. Para comprovar o fato, basta sincronizar o The Dark Side of the Moon com O Mágico de Oz, reproduzindo o álbum no terceiro rugido do leão da Metro Golden Mayer. A letra das músicas, assim como a parte sonora, tem total sincronia com o filme. Um exemplo é na parte onde o filme passa de preto e branco para colorido. Nesse trecho, começa a música “Money”, que significa “dinheiro” em inglês.

Mais sobre Rock Progressivo

Também abreviado por prog rock ou prog; às vezes confundido com art rock, é um amplo gênero de rock que se desenvolveu no Reino Unido e nos Estados Unidos em meados da década de 1960, atingindo o pico no início da década de 1970.

Inicialmente denominado “pop progressivo“, o estilo era uma consequência de bandas psicodélicas que abandonaram as tradições pop padrão em favor de instrumentação e técnicas de composição mais frequentemente associadas ao jazz, folk, ou música clássica. Elementos adicionais contribuíram para seu rótulo de “progressivo”: as letras eram mais poéticas, a tecnologia era aproveitada para novos sons, a música se aproximava da condição de “arte” e o estúdio, mais do que o palco, tornou-se o foco da atividade musical, que muitas vezes envolvia criar música para ouvir em vez de dançar.

O estilo musical buscava uma fusão da música pop e do rock com outros gêneros de harmonia mais complexa. Na sua essência, o som progressivo extrapolava o formato canção em músicas com longuíssimos trechos instrumentais, muitas vez compondo os chamados “álbuns conceituais”, discos que contavam uma história ou possuíam alguma ligação temática entre suas faixas. Assim como a guitarra elétrica se tornou marca registrada do rock n’ roll, o teclado se tornou parte inerente do estilo, alcançando ou até mesmo superando sua condição de principal instrumento.

Tornou-se muito popular na década de 1970, quando o gênero alcançou seu ápice e também sua própria queda de popularidade.

Características

De acordo com entrevistas concedidas pelas bandas em documentários, não houve uma organização consciente de formação do estilo e seus protagonistas geralmente rejeitam ser rotulados, bem como, nas composições não havia padrão a ser seguido quanto a duração e forma. As principais características do rock progressivo incluem:

Elementos essenciais

  • Composições longas, com harmonia e melodias complexas, por vezes atingindo 20 minutos ou mesmo o tempo de um álbum inteiro, sendo muitas vezes chamadas de épicos, como as canções “Echoes”, “Shine On You Crazy Diamond” e “Atom Heart Mother” do Pink Floyd, ou “Supper’s Ready” do Genesis;
  • Letras que abordam temas como ficção científica, fantasia, religião, guerra, amor, loucura e história;
  • Álbuns conceituais, nos quais o tema ou história é explorado ao longo de todo o álbum, como 2112 e Hemispheres do Rush, Animals e The Wall do Pink Floyd;
  • Vocalizações pouco usuais e uso de harmonias vocais múltiplas, como feito pelos grupos Magma, Robert Wyatt e Gentle Giant;
  • Uso proeminente de instrumentos eletrônicos, particularmente de teclados (como órgão Hammond, piano, mellotron, sintetizadores Moog e sintetizadores ARP), além da combinação usual do rock de guitarra, baixo e bateria;
  • Uso de instrumentos pouco ligados à estética do rock, como a flauta,  violoncelo, violino,  bandolim, trompete e corne inglês;
  • O uso de síncope, compassos compostos e mistos, escalas musicais e modos complexos, como o início do álbum Close To The Edge do grupo Yes;
  • Enormes solos de praticamente todos os instrumentos, expressamente para demonstrar o virtuosismo e feeling dos músicos, que contribuíram para a fama de intérpretes como Rick Wakeman, Neil Peart, David Gilmour e Greg Lake;
  • Inclusão de peças clássicas nos álbuns, como o grupo Emerson Lake & Palmer, que incluía partes extensas de peças de Bach em seus álbuns.

Modelos de composição

As composições do rock progressivo muitas vezes se inspiravam nos moldes das “suítes” eruditas:

  • A forma de uma peça que é subdividida em várias à maneira da música erudita. Um bom exemplo disso é “Close to the Edge” e “And You And I” do Yes no álbum Close to the Edge, que são divididas em quatro partes, ou “2112” do Rush dividida em sete partes, ou até mesmo a instrumental “La villa Strangiato” dividida em onze partes. Outros exemplos mais recentes do metal progressivo são “A Change of Seasons” (do álbum A Change Of Seasons) e “Octavarium” (do álbum Octavarium) do Dream Theater, que é dividida em sete e cinco partes, respectivamente; e “Through the Looking Glass” (três partes), “The Divine Wings of Tragedy” (sete partes) e “The Odyssey” (sete partes) do Symphony X;
  • Composição feita de várias peças, estilo “manta de retalhos”. Bons exemplos são: “Supper’s ready” do Genesis no álbum Foxtrot e o álbum Thick as a Brick do Jethro Tull;
  • Harmonias feitas com base em tríades, utilizando progressões não tão usuais, o progressivo (com algumas exceções, como o grupo de Rock Progressivo Soft Machine) não utilizam acordes com sonoridades dissonantes, como feito na Bossa Nova e no Jazz;
  • Uma peça que permite o desenvolvimento musical em progressões ou variações à maneira de um bolero. “Abbadon’s Bolero” do trio Emerson, Lake & Palmer, “King Kong” do álbum Uncle meat de Frank Zappa são bons exemplos.

História

O rock progressivo foi tocado pela primeira vez no final dos anos 1960, no entanto, se tornou especialmente popular no início da metade dos anos 1970. No final dos anos 1960, algumas bandas – geralmente da Inglaterra – começaram a experimentar formas de músicas mais longas e complexas pois os jovens músicos daquela geração estavam vivendo a “contracultura” que rompia com a cultura pop e hippie, ao passo que as gravadoras concediam liberdade de criação aos artistas contribuindo para um leque ilimitado de possibilidades em estúdio. O termo “rock progressivo” foi cunhado pela imprensa nos anos 1970 pela necessidade jornalística de atribuir rótulos ao escrever matérias e resenhas.

Inicialmente chamado de “pop progressivo”, o estilo era uma consequência de bandas psicodélicas que abandonaram as tradições pop padrão em favor de instrumentação e técnicas de composição mais frequentemente associadas ao jazz, folk ou música clássica. Elementos adicionais contribuíram para seu rótulo “progressista”: as letras eram mais poéticas, a tecnologia era aproveitada para novos sons, a música aproximava-se da condição de “arte”, e o estúdio, não o palco, tornou-se o foco da atividade musical, muitas vezes criando música para ouvir em vez de dançar.

Abaixo está uma pequena discografia selecionada para quem busca saber mais sobre prog (existem muitos outros discos excelentes, as indicações abaixo são só pra começar a curtir), bem como uma playlist com alguns dos maiores clássicos do estilo:

  • King Crimson – In the Court of the Crimson King (1969)
  • ELP – Emerson, Lake & Palmer (1970)
  • Van der Graaf Generator – H to He Who Am the Only One (1970)
  • Yes – The Yes Album (1971)
  • Caravan – In the Land of Grey and Pink (1971)
  • Genesis – Nursery Crime (1971)
  • Yes – Fragile (1971)
  • ELP – Tarkus (1971)
  • Jethro Tull – Aqualung (1971)
  • Pink Floyd – Meddle (1971)
  • Van der Graaf Generator – Pawn Hearts (1971)
  • Genesis – Foxtrot (1972)
  • Premiata Forneria Marconi – Storia di un minuto (1972)
  • Yes – Close to the Edge (1972)
  • Jethro Tull – Thick as a Brick (1972)
  • Gentle Giant – Octopus (1972)
  • ELP – Brain Salad Surgery (1973)
  • King Crimson – Lark’s Tongues in Aspic (1973)
  • Genesis – Selling England by the Pound (1973)
  • Pink Floyd – The Dark Side of the Moon (1973)
  • King Crimson – Red (1974)
  • Supertramp – Crime of the Century (1974)
  • Camel – Mirage (1974)
  • Yes – Relayer (1974)
  • Genesis – The Lamb Lies Down on Broadway (1974)
  • Pink Floyd – Wish You Were Here (1975)
  • Mike Oldfield – Ommadawn (1975)
  • Camel  – The Snow Goose (1975)
  • Van der Graaf Generator – Godbluff (1975)
  • Rush – 2112 (1976)
  • Camel – Moonmadness (1976)
  • Pink Floyd – Animals (1977)
  • Rush – A Farewell to King (1977)
  • Rush – Hemispheres (1978)
  • Pink Floyd – The Wall (1979)
  • King Crimson – Discipline (1981)

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