Antes da Fama

Antes da fama, várias figuras públicas brasileiras, de diversas áreas, desenvolveram atividades profissionais que pouco (ou nada) têm a ver com a atuação pela qual ficaram conhecidos. Vamos conhecer alguns desses artistas e ver o que consta em sua Carteira Profissional…

Raul Seixas

Você consegue imaginar Raul Seixas de terno, gravata e cabelo aparado? Pois é como o Maluco Beleza se vestia quando ocupava a função de produtor musical da gravadora CBS, entre 1970 e 1972, pouco antes de começar a sua carreira solo. No cargo, ajudou a produzir mais de 50 discos, de artistas como Renato e seus Blue Caps, Jerry Adriani e Odair José.

Foi nessa época que conheceu quem seria seu mais notório parceiro musical, Paulo Coelho. Raul leu em um jornal alternativo um artigo de Paulo sobre discos voadores e quis conhecê-lo pessoalmente. Quando foi à redação da publicação perguntar sobre o autor daquelas linhas, foi recebido pelo próprio, que despistou: “Fiquei com medo que aquele sujeito de terno e gravata fosse um agente da ditadura”.

Mario Jorge Lobo Zagallo

Esteve em sete Copas do Mundo: em 1958 e 1962, como jogador; em 1970, 1974 e 1998, como técnico; e, em 1994 e 2006 como auxiliar técnico. O que pouca gente sabe é que essa conta poderia subir para oito caso se levasse em conta que Zagallo estava no Maracanã na fatídica final da Copa do Mundo de 1950 entre Brasil e Uruguai.
Naquele ano, havia sido convocado para as Forças Armadas e, como soldado da Policia do Exército, foi incumbido de fazer o patrulhamento do Maracanã durante a final contra a seleção uruguaia. Apesar da farda, seu coração de torcedor sofreu tanto quanto as 200 mil pessoas  incrédulas que viram os vizinhos conquistar a Copa em pleno Rio de Janeiro. “Eu sofri calado, imóvel, sem crer no que via.

Gilberto Gil

O Estagiário, mal havia chegado a mais um dia de trabalho na Gessy Lever, em São Paulo, quando recebeu um chamado do chefe. Naquele momento, o gerente fazia um favor para a cultura nacional: “Não dá mais, Gilberto. Esta vida de executivo não é pra você”.

O baiano estagiava havia alguns meses na multinacional e estava prestes a iniciar um processo que culminaria em se tornar gerente da empresa. “Ele impressionava por ser astuto, questionador e criativo”, lembrou seu chefe anos mais tarde. Mas as noitadas musicais esgotavam sua energia para o trabalho. Mais de uma vez foi flagrado tirando cochilos durante o expediente.
A demissão foi a chave para se dedicar inteiramente à musica. Menos de um ano depois, agitaria o País ao cantar Domingo no Parque ao lado dos Mutantes no Festival da Record em 1967.s as noitadas musicais esgotavam a sua energia para o trabalho. Mais de uma vez foi flagrado tirando cochilos durante o expediente.

Tim Maia

Não era um bom negócio  encomendar quentinhas no bairro carioca da Tijuca durante os anos de 1950. Pelo menos se o entregador fosse o adolescente Tião Marmiteiro. Esse era, a contra gosto, o apelido que Tim Maia recebeu por trabalhar como entregador de marmitas produzidas por sua mãe. O gordinho costumava parar as andanças para assaltar as marmitas. Tirava uma bisteca de uma, um bolinho de carne de outra e montava seu próprio almoço. Era uma forma de saciar a fome e ainda deixar a encomenda mais leve.

Certa vez, o também tijucano Erasmo Carlos encomendou um almoço. Como a quentinha estava demorando, o rapaz resolveu ir até a casa da mãe de Tim para saber o que estava acontecendo. Foi quando flagrou o entregador devorando sua encomenda. “Ele ficou bravo e a gente caiu na porrada. O nosso primeiro encontro foi dessa forma maravilhosa”, Lembraria Tim Maia anos depois.

Jânio Quadros

Bebo porque é liquido. Se fosse sólido, comê-lo-ia“. Assim respondeu Jânio Quadros ao ser indagado por um repórter se era verdade que o político consumia bebida alcoólica. A frase soou estranha, a até virou motivo de piada, mas a incomum construção em mesóclise revelava a intimidade de Jânio com a ‘inculta e bela”.

O futuro presidente da República foi durante anos um elogiável professor de português do colégio Dante Alighieri, em São Paulo.

Outra frase: “Desinfeto porque nádegas indevidas se sentaram nela“. Ao ser eleito prefeito de São Paulo em 1985, sobre a cadeira na qual o outro candidado, Fernando Henrique Cardoso, se sentara na véspera das eleições.

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