Pequena História dos BEATLES

O grupo The Beatles, que foi um dos maiores fenômenos da música popular mundial, arrebanhou milhões de fãs de todas as idades em todo o mundo e, ainda hoje, anos após a extinção do grupo, continua sendo tocado no mundo inteiro, vendendo discos e fazendo novos fãs.

O Nome
John Lennon, um estudante da Quarry Bank High School, formou em março de 1957 uma banda primeiramente chamada de The Black Jacks, mas logo definida como The Quarrymen (em homenagem à escola). Formada com colegas de turma – que incluía seu melhor amigo na época, Pete Shotton – , a banda se contentava em tocar em festinhas escolares, bingos e Igrejas. Inicialmente, além dos dois, a banda era composta por Eric Griffths (violão), Bill Smith (baixo improvisado) e Rod Davis (banjo).

Antes de se chamar The Beatles, nome que faz um trocadilho com beetles (besouro) e beat (que significa batida ou compasso ritmado), o grupo se chamou Johnny and the Moondogs, The Silver Beetles, The Silver Beats, The Silver Beatles e Beat Brothers. O nome Beat Brothers foi usado na turnê na Alemanha, quando gravaram com Tony Sheridan o compacto My Bonnie.

O Começo
Tudo começou na cidade de Liverpool, na Inglaterra, onde nasceram todos os integrantes do grupo. No final do década de 50, John Lennon, que já havia montado uma banda com colegas de escola (The Quarrymen), convidou Paul McCartney para integrar-se ao grupo. Alguns anos depois, Paul McCartney chamou seu amigo de escola e guitarrista, George Harrison, enquanto que John chamou seu amigo Stu Sutcliffe para tocar baixo. Em 1960, Pete Best assumiu o cargo de baterista, que ocupou até ser substituido por Ringo Starr: encontrando-se sem um baterista antes de seu próximo compromisso, em Hamburgo, Alemanha, o grupo convidou Best para assumir a posição em 12 de agosto de 1960. Best tinha até então tocado com o grupo “The Blackjacks” no The Casbah Coffee Club — uma adega em Derby, Liverpool, onde os Beatles tocavam e visitavam algumas vezes — que pertencia à sua mãe, Mona Best. Quatro dias após a entrada de Best, o grupo partiu para Hamburgo; lá, eram obrigados a se apresentarem seis ou sete horas por noite durante sete dias por semena e provavelmente estimulavam-se com bebidas e drogas. O repertório era de covers de rock’n’roll dos anos 1950, basicamente americanos. Em 21 de novembro de 1960, Harrison foi deportado por ter mentido às autoridades alemãs sobre sua idade. Após um incêndio acidental — envolvendo Paul e Pete — no quarto onde dormiam, a polícia os prendeu e os deportou em dezembro. John retornou para Liverpool com eles em meados de dezembro, sem dinheiro e triste.

Em 1961 a formação era John Lennon, George Harrison, Paul McCartney, Pete Best e Stuart Sutcliffe (que morreu de hemorragia cerebral em 10 de abril de 1961, em Hamburgo, na Alemanha). Com a formação John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star, que se juntou ao grupo em agosto de 62, o grupo gravou o single Love Me Do, lançado em outubro de 1962, pela Parlephone (EMI). Brian Epstein foi o empresário que havia descoberto o grupo, um ano antes, vendo-os tocar num pub chamado Cavern.

Os Beatles retornaram a Hamburgo em abril de 1961, com apresentações no “Top Ten Club”. Enquanto tocavam nesse local, foram recrutados pelo músico Tony Sheridan a agirem como sua banda de apoio em suas apresentações na Alemanha e numa série de gravações para a Polydor Records Alemã, produzidas pelo famoso Bert Kaempfert.Paul afirmou posteriormente que o grupo chamava Sheridan de “o professor”; foram as primeiras gravações dos Beatles. Mais tarde, Tony foi premiado com o disco de ouro pela vendagem acima de um milhão de cópias do LP Tony Sheridan and The Beatles. Quando o grupo retornou a Liverpool, Sutcliffe permaneceu em Hamburgo, mais uma vez, com Kirchherr. McCartney assumiu as funções de baixista.

Retornando à Liverpool, o grupo realizou sua primeira aparição no famoso The Cavern Club, numa terça-feira de 21 de fevereiro de 1961.A banda se apresentou 292 vezes no Cavern Club entre 1961 e 1963. Em 9 de novembro de 1961, Brian Epstein, dono da loja de música North End Music Store (NEMS) na Great Charlotte Street, viu o grupo pela primeira vez no clube. Intrigado com o som da banda, e maravilhado com seu carisma (sobretudo o de John), Epstein decidiu empresariá-los.

Estilo de Cabelo
Até 1961 todos os integrantes dos Beatles, como era usual na época, usavam o cabelo penteado para trás (estilo James Dean). Na turnê em Hamburgo (Alemanha), ainda em 1961, Stuart Sutcliffe conheceu Astrid Kirchherr, uma alemã, artista e fotógrafa. Nessa época, os Beatles eram cinco: Paul McCartney, John Lennon, Stuart Sutcliffe, George Harrison e Pete Best. Astrid mudou o estilo de vestir de Stuart Sutclife (Stu como era chamado), e deu-lhe um novo estilo de cabelo, penteado para frente. Gradualmente os outros Beatles (com exceção de Pete Best) aderiram ao estilo. Mas, apaixonado por Astrid, Stu deixou o grupo e permaneceu em Hamburgo. E foi assim, de forma casual, que o estilo de cabelo mais famoso do planeta foi criado.

O Grupo
John Winston Lennon – nasceu em 9 de outubro de 1940, no Hospital Maternidade de Oxford Street, em Liverpool. Seus pais se chamavam Julia e Alfred. Foi morto com 5 tiros, no dia 8 de dezembro de 1980, quando retornava ao Edifício Dakota, ao lado do Central Park, em Nova York, por um fã que, horas antes, havia lhe pedido um autógrafo. John Lennon, que passou a ser chamado John Winston Ono Lennon quando casado com a artista plástica Yoko Ono em 1969, foi o fundador do grupo e integrante dele de 1957 – quando ainda era o The Quarrymen – até 1970 (quando os integrantes se separaram antes da dissolução legal da justiça), compositor, cantor, multi-instrumentista tocando piano, guitarra, gaita, instrumentos de percussão, teclados (como clavioline, cravo, mellotron e órgão), baixo (ocasionalmente), violão, maracas, pandeiro (em canções dos álbuns Revolver e Magical Mystery Tour) e tape loops. Compôs muitos dos maiores sucessos dos Beatles, inclusive a canção All You Need Is Love, apresentada na primeira transmissão por satélite ao vivo do mundo e que ainda hoje é um hino para várias gerações.

James Paul McCartney – nasceu em 18 de junho de 1942, em Walton Road Hospital, Liverpool. Seus pais se chamavam Mary e James. Paul McCartney, que passou a ser Sir James Paul McCartney quando condecorado com o Ordem do Império Britânico em 1997, foi compositor, baixista, pianista, cantor, percussionista, guitarrista (ocasionalmente) e baterista (ocasionalmente), membro de 1957 a 1970. McCartney é autor de músicas muito aclamadas dos Beatles. Desde a primeira música do primeiro disco Please Please Me, I Saw Her Standing There, passando por hinos históricos como Hey Jude, Let It Be, Eleanor Rigby, Yesterday, entre outras, até a última música do último álbum dos Beatles, Let It Be, “Get Back”, além de idealizar muitas criações conceituais da banda como o álbum Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. Formou, com Lennon, a dupla mais celebrada do rock and roll.

George Harrison – nasceu em 25 de fevereiro de 1943, também na casa de seus pais, Louse e Harold, no endereço 12 Arnold Grove, Wavertree, Liverpool. Faleceu recentemente, vítima de câncer, em 29 de novembro de 2001, na cidade de Los Angeles (EUA). Compositor, guitarrista solo, cantor, Harrison tocava sitar e outros instrumentos da Índia, percussionista, tocava teclado e sintetizador, membro de 1958 a 1970. Harrison tornou-se célebre por introduzir a música indiana no rock and roll, e produziu canções que com o tempo tornaram-se famosas: While My Guitar Gently Weeps, Here Comes the Sun, a balada Something e outras. Na década de 1970, Harrison desenvolveu uma carreira solo de grande sucesso, lançando álbuns aclamados pelo público e pela crítica.

Richard Starkey Jr (Ringo Starr) – nasceu em 7 de julho de 1940, na casa de seus pais Elsie e Richard, no endereço 9 Madryn Street, Liverpool. Baterista, percussionista, cantor, compositor (ocasionalmente), membro de 1962 à 1970. Starr foi o último músico a entrar na banda. Depois de sair dela, ainda nos anos 70, construiu uma carreira solo de sucesso considerável.

Trajetória

Em 7 de fevereiro de 1964, uma multidão de quatro mil fãs ingleses no Aeroporto Heathrow acenou para os “garotos de Liverpool”, que partiam pela primeira vez aos Estados Unidos como um grupo. Estavam acompanhados por fotógrafos, jornalistas (incluindo Maureen Cleave, que realizou entrevistas com diversas personalidades famosas), e pelo produtor musical Phil Spector, que se tinha registrado no mesmo voo. Quando o vôo 101 da Panam tocou o solo do recém-nomeado Aeroporto JFK em Nova York, às 13h20 da tarde do dia 7 de fevereiro de 1964, uma grande multidão de pessoas se aglomeraram no local. Os Beatles foram saudados por cerca de três mil pessoas (estima-se que o aeroporto nunca tenha experimentado tal número). Após uma coletiva de imprensa, os Beatles partiram em limusines para a Nova Iorque. No caminho, McCartney ouviu o seguinte comentário corrente numa rádio local:

“Eles [The Beatles] acabaram de deixar o aeroporto e estão próximos de Nova Iorque…” Quando alcançaram o Plaza Hotel, foram recepcionados por diversos fãs – a maioria garotas – e repórteres. Harrison teve uma febre de 39 °C no dia seguinte e teve que permanecer em repouso, de modo que Neil Aspinall o substituiu no primeiro ensaio da banda para a aparição deles no The Ed Sullivan Show. A persuasão de Epstein havia dado certo.

Os Beatles quando chegaram no Aeroporto JFK, na Cidade de Nova Iorque, em 7 de fevereiro de 1964: essa primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos é um dos momentos fundamentais da história da banda e, mais amplamente, do rock mundial. Os Beatles fizeram sua primeira aparição ao vivo na televisão americana no The Ed Sullivan Show, em 9 de fevereiro de 1964. Aproximadamente 74 milhões de telespectadores – cerca da metade da população americana – assistiu o grupo tocar no programa. Na manhã seguinte, muitos jornais escreveram que The Beatles não era nada mais do que uma “moda passageira”, e que não levariam sua música por todo o Atlântico. Em 11 de fevereiro de 1964, fizeram seu primeiro concerto ao vivo nos Estados Unidos, no Washington Coliseum, em Washington, D.C.. Se a apresentação no London Palladium é considerada como o início da histeria em torno dos Beatles na Inglaterra, nos Estados Unidos esta beatlemania tomou porporções ainda maiores desde a primeira ida do conjunto em terras estadunidenses.

Enormes vendagens de discos, várias viagens de sucesso feitas aos EUA e o arrebatador sucesso de filmes como A Hard Day’s Night (Os Reis do Iê, Iê, Iê) fizeram surgir o termo Beatlemania, que significava o fenômeno de popularidade do grupo de Rock dos 4 rapazes de Liverpool. O primeiro compacto, gravado no final de 1962 continha ‘Love Me Do’ e ‘ P.S. I Love You’. Fez um estardalhaço em Liverpool, mas no resto da Inglaterra chegou ao mero 17º lugar. Pouco tempo depois os rapazes compôem e lançam ‘Please Please Me’. Aí sim. 1º lugar na Grã Bretanha, e o passo para o 1º LP com o mesmo nome ‘Please Please Me’. os compactos ‘From Me To You’, She Loves You’ e ‘I Wanna Hold Your Hand’, chegam ao topo da parada.

As várias apresentações na TV, as excursões pela Inglaterra e o lançamento do 2º LP, ‘With The Beatles ‘ deixaram o grupo para dar um passo maior na carreira: conquistar a América. Quando os Beatles chegaram nos Estados Unidos, estava decretada oficialmente a Beatlemania. No programa Ed Sullivan, no qual se apresentaram, fizeram um sucesso danado e a nação se surpreendeu pelo bom humor dos rapazes, na verdade, o humor cínico inglês, e ‘I Wanna Hold Your Hand’ fica no pico das paradas, e os LPs começam a ser lançados nos Estados Unidos, com variações e capas diferentes dos originais ingleses.

É lançado ainda o filme ‘A Hard Day´s Night’ , que acompanha um álbum do mesmo nome, que até hoje é cult no meio musical, e documentava o dia a dia dos Beatles. Dá-se assim uma onda de consumismo em tudo que se referia a Beatles: guitarras, carteiras, meias, lancheiras, cortinas, e até perucas. Aproveitando toda essa repercussão lançam ainda ‘Beatles For Sale’ ( ‘À venda’ – ironizando a situação ). No meio de excursões e gravações, lançam em 1965, seu 2º filme, ‘Help’, com o álbum do mesmo nome. O filme é uma paródia dos filmes de 007, com locações em vários lugares do mundo, pois agora tinham mais dinheiro. Nessa época os quatro são condecorados pela Rainha com mérito por trazerem divisas ao Reino Unido.

Os Beatles incluíram em sua carreira feitos que influenciaram todas as gerações seguintes: foram os precursores da música indiana no pop/rock ocidental; foram a primeira banda a fazer vídeos musicais de suas canções, e o álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foi o primeiro do mundo a conter um encarte com fotos e letras de suas canções. Em 2003, a Rolling Stone americana classificou-o como o melhor álbum de todos os tempos e, em 2004, incluiu os Beatles em primeiro lugar na Lista dos Cem Maiores Artistas de Todos os Tempos. De acordo com a mesma revista, a música inovadora e o impacto cultural dos Beatles ajudaram a definir a década de 1960; sua influência cultural e pop ainda continua viva e intensa nos dias de hoje.

Fizeram sucesso mundial com suas músicas, principalmente na década de 1960. O sucesso deve-se ao estilo revolucionário que implantaram no cenário musical. Eram canções com letras marcantes e efeitos de guitarra fortes. As letras atingiram em cheio os jovens, pois eram contestadoras e revolucionárias para a época. O estilo visual também revolucionou o cenário musical. Os jovens de Liverpool usavam cabelos compridos, roupas de cores fortes, anéis e outros adereços.

Da música foram para o cinema e, em 1964, lançaram o filme “A Hard Day’s Night”. O sucesso foi tão grande que no ano de 1965 foram recebidos pela rainha Elizabeth II, da Inglaterra, e receberam medalhas da Ordem do Império Britânico. A beatlemania espalhou-se pelo mundo inteiro, fazendo sucesso inclusive no Brasil. Produziram também outros filmes: “Help” e um especial para a TV britânica, “Magical Mistery Tour”.

Foram apenas pouco mais de sete anos de registro musical, mas do final de 1962 até o início de 1970 os Beatles deixaram um inigualável tesouro artístico. Treze álbuns e inúmeros singles e LPs embalam até hoje nossa lembrança e atraem cada vez mais fãs. Muitos nascidos mesmo depois da morte de John Lennon. Não dá para escrever tudo sobre os Beatles, suas influências vão além do campo musical, e alterou em muito a maneira de pensar e vestir dos jovens dos anos 60. Do ‘Yeah Yeah Yeah’ até as ‘Revolutions’ muita coisa aconteceu, e aqui vai um breve histórico do que foi o grupo que transformou o mundo.

Os garotos de Liverpool, que começaram a carreira no fim dos anos 50 e anunciaram que o sonho estava acabado em 1970, com certeza foram revolucionários. Reinventaram o rock and roll, dando pitadas de carisma e criatividade nunca vistos antes. Já é muito conhecido, por exemplo, que não houveram crimes nos EUA durante a exibição da performance dos Beatles no programa de Ed Sullivan. É óbvio que eles mexeram com a cabeça de muita gente.

Considerado o grupo musical mais bem-sucedido da história, sendo os seus membros aclamados por público e crítica, com mais de um 1 bilhão de álbuns vendidos em todo o mundo, e com 27 canções que atingiram o primeiro lugar nas paradas de sucesso apenas nos Estados Unidos, além de conseguirem ocupar em determinado momento os cinco primeiros lugares em meados de 1964 — números recordes até os dias atuais — os Beatles influenciaram e ainda influenciam bandas do mundo todo. Pela inventiva criatividade e originalidade em suas canções, John Lennon e Paul McCartney criaram a mais celebrada e famosa dupla musical de todo o planeta.

Mas os Beatles não foram só iê-iê-iê. A partir da metade dos anos 60, se envolveram com as drogas alucinógenas (principalmente ácido lisérgico, o tão famoso LSD) e mudaram progressiva e radicalmente de estilo. A mudança já era perceptível em Help!, lançado em 1965 – músicas como “I Need You” e “Tell Me What You See” já mostavam que o Fab Four estava amadurecendo.

Muita coisa boa se seguiu desde então (incluindo os clássicos Rubber Soul, Revolver e a lenda Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band), mas o auge criativo/musical dos Beatles foi atingido em 1968 (isso mesmo, no ano que não terminou) – o álbum auto intitulado, ou White Album, ou simplesmente Álbum Branco. A banda começou a entrar em crise, em função de divergências empresariais, no final dos anos 60, terminando em 1970. John Lennon seguiu carreira solo, com participação de sua esposa Yoko Ono. Porém, em dezembro de 1980, foi assassinado por um fã, ao entrar em seu prédio na cidade de Nova Iorque. Morria um dos maiores músicos de todos os tempos. As músicas dos Beatles e de John Lennon fazem grande sucesso até os dias de hoje, sendo ouvidas por jovens e adultos. Os Beatles, com esta formação, gravaram seu primeiro disco, o compacto Love me Do, em 1962, e o último disco foi gravado em 1970, Let it Be.

Talvez os Beatles não tivessem sido os Beatles se não tivessem nascido em Liverpool. Esta cidade ao Oeste da Inglaterra era o ‘must’ ao que se referia ao novidades do que acontecia na América. Era lá que desembarcavam marinheiros com discos de cantores como. Elvis Presley, Little Richard, Chuck Berry, Buddy Holly. Foi assim que John Lennon e Paul McCartney tomaram conhecimento daquele ritmo estranho que vinha do além mar chamado “rock ‘n roll”.

Em 6 de julho de 1957, Paul McCartney havia assistido uma apresentação da banda The Quarrymen de John em uma festa na Igreja St. Peter, e Ivan Vaughan, amigo de John Lennon e colega de classe de Paul, apresentou-lhe a Lennon; Paul foi convidado a ingressar na banda e, no mesmo ano, mostrou a Lennon a composição “I’ve Lost My Little Girl”. Em 6 de fevereiro de 1958, o jovem guitarrista George Harrison juntou-se à banda, apresentado por Paul que o teria conhecido por acaso num ônibus.

Apesar da relutância inicial de Lennon pelo fato de Harrison ser três anos mais novo que ele (na época, com quinze anos), McCartney insistiu depois de uma demonstração de George e este terminou ingressando no grupo.

Como Paul e George estudavam no Instituto de Liverpool, não seria mais apropriado chamar a banda por “Quarrymen” e, então, o grupo passou por uma progressão de nomes, incluindo “Johnny and The Moondogs” e “Long John and The Beatles”.

Sutcliffe sugeriu o nome “The Beetles” como homenagem a Buddy Holly e “The Crickets”. Após uma turnê com Johnny Gentle na Escócia, a banda mudou definitivamente seu nome para “The Beatles”. A primeira esposa de John, Cynthia Lennon, argumenta que o título “The Beatles” veio a John no Renshaw Hall bar, depois de ele beber cerveja. Lennon, que era conhecido por dar diversas versões da história, ironizou num artigo da revista Mersey Beat de 1971 que teve uma visão onde “um homem, numa torta flamejante, disse: ‘Vocês são Beatles com A’.” Durante uma entrevista em 2001, McCartney atribuiu a si o nome definitivo da banda, afirmando que “John tivera a idéia de nos chamar de ‘The Beetles’; eu disse: ‘por que não Beatles?; você sabe, como a batida do tambor’.”

E assim surgiram The Beatles, com suas raízes no final da década de 1950 e formada na década de 1960. Constituído por Paul McCartney (baixo, piano e vocais), John Lennon (guitarra e vocais), George Harrison (guitarra solo e vocais) e Ringo Starr (bateria e vocais), o grupo é reconhecido por ter liderado a “Invasão Britânica” nos Estados Unidos, na década de 60. No início dos anos 60 o grupo era formado por John, Paul e George nas guitarras, Stuart no baixo e um novo baterista chamado Pete Best (considerado até hoje o cara mais azarado da história). Naquela época todos faziam o estilo ‘Teddy Boy’, nada parecido com a imagem Beatle que conhecemos. Mais pareciam James Deans tocando guitarra, com topetes, roupas de couro e botas até a canela. Só Pete Best recusou.

Nessas noitadas em Hamburgo, era comum os Beatles tocarem quase oito horas seguidas, num repertório que ia desde clássicos de filmes, até boleros e rock ‘n roll . Isso foi crucial para os rapazes, pois aí podiam experimentar com o público canções que eles começavam a escrever. Nessa época gravam um disco com Tony Sheridam, um inglês metido a Elvis Presley, mas a contribuição no disco se resume ao acompanhamento, salvo uma música instrumental e outra com o vocal de John. Quando os Beatles voltam para a Inglaterra, Stu decide ficar com sua namorada alemã em Hamburgo, onde morre logo depois devido as consequências de uma briga. Isso fez com que John se aproximasse mais de Paul, visto que até então Stu era seu melhor amigo. Foi assim que Paul virou baixista.

Embora inicialmente o estilo musical do grupo tenha sido influenciado pelo rock and roll e pelo skiffle dos anos 50, a banda explorou durante a carreira gêneros que vão de rock melódico a rock psicodélico. Os “garotos de Liverpool”, ou “Fab Four” – “Quarteto Fabuloso” –, como eram chamados, obtiveram fama, popularidade e notoriedade até hoje inéditas para uma banda musical, e se tornaram a banda de maior sucesso e de maior influência do século XX. Suas vestimentas, os cortes de cabelo, e sua crescente consciência social influenciaram a forma de ser dos jovens daquela geração. Após a banda se separar em 1970, os quatro membros iniciaram carreiras solo de sucesso.

Pioneirismo
George Harrison, quando nos Beatles, tornou-se o primeiro músico a fundir instrumentos e, respectivamente, sons orientais com a música do rock; embora famoso, no entanto, este feito – demonstrado em “Norwegian Wood”, onde há o uso da sitar – não foi o único que colocou a banda no patamar de pioneira.

Com “Twist and Shout”, “Can’t Buy Me Love”, “She Loves You”, “I Want To Hold Your Hand” e “Please Please Me”, lançados em março de 1964, tornaram-se iniciantes em ocupar os primeiros cinco lugares no topo norte-americano. Rubber Soul, de 1965, foi o primeiro álbum onde não havia o nome do artista em sua capa. Na época dos Beatles, os compactos eram curtos, mas “Hey Jude”, com mais de sete minutos, mudou esse conceito. Foram a primeira banda britânica a fazer sucesso fora de seu país e a primeira de rock a fazer sucesso mundial. Com “Yellow Submarine”, foram os primeiros roqueiros a escreverem canções com temáticas infantis. Em suas peregrinações à Índia, tornaram-se os primeiros a misturarem rock e misticismo. A primeira distorção de violão divulgada em gravação foi em “I Feel Fine”.

O concerto no Shea Stadium tornou-os pioneiros na produção e realização de apresentações em estádios a céu aberto e participaram da primeira transmissão mundial via satélite cantando “All You Need Is Love”, no projeto Our World. Foram a primeira banda de rock a fazer carreira no cinema e a primeira a produzir um disco conceitual de rock: Sgt. Pepper. Este mesmo disco fez com que eles fossem os primeiros a gravarem em quatro canais. Curiosamente, os Beatles foram o primeiro grupo a se separar.

Revolução Musical

Considera-de o hit She Loves You (1963), composto pela dupla Lennon/McCartney e baseado na idéia original de Paul, a primeira grande revolução musical protagonizada pela banda. Se até então, o rock era composto basicamente por 3 acordes simples, batida forte, insistente e uma melodia de fácil memorização, nesta canção, são utilizados acordes dissonantes de sexta maior e sétima maior, até então, possíveis apenas no jazz: Mi menor -> La Maior com 7º -> Do Maior -> Sol Maior (adicionando à 6º). A incorporação da dissonância ao rock, foi o primeiro grande legado do grupo à música popular do século XX. A letra, embora romântica, foge da dicotomia “menino-menina”, para a incorporação de um terceiro elemento: O protagonista, um rapaz que avisa ao amigo que a namorada o ama, e que, “com um amor assim, deveria sentir-se feliz”. Embora simples, “She Loves You” torna-se o embrião do espírito “paz e amor”, que viria a desenvolver-se na segunda metade dos anos 60. Destaque também para o uso do “Yeah”, que viria a tornar-se marca registrada do Rock. A constante busca dos Beatles em criar novos sons a cada gravação, combinada com as habilidades presentes nos arranjos de George Martin e, particulamente, com os conhecimentos técnicos da equipe do estúdio da EMI – como os produtores Norman Smith, Ken Townsend e Geoff Emeric – fez com que a banda influenciasse a forma como a música passou a ser gravada em vários sentidos. O conjunto dessas produções.

O álbum ‘Rubber Soul’, lançado no final de 65 começa a mostrar que algo estava acontecendo na cabeça daqueles quatro meninos. As letras já não eram tão bobas assim, e não se resumiam em ‘ela ama você’ e ‘eu amo ela’. A Influência de Bob Dylan, que os apresentou as drogas e o interesse por outros instrumentos e estilos musicais fizeram desse disco o 1º passo de que algo estava por vir.

‘Revolver’, lançado em 66 foi definitivamente um divisor de águas, que acompanhou uma fase definitiva dos Beatles. O grupo decidiu não fazer mais turnês, pois além do desgaste, muitas músicas ficaram impossíveis de serem tocadas em shows. A declaração de John, de que eram mais populares que Jesus, a queima de discos pela Klu-Klux-Klan e incidentes em turnês fez com que a crítica alardeasse uma suposta queda do grupo, mas o melhor ainda estava por vir.

Utilizando técnicas de estúdio como efeitos sonoros, colocações não-convencionais de microfone e outros instrumentos, loops em teipes, técnicas de double tracking e variações de velocidade em áudios, os Beatles começaram a aumentar as gravações onde seus intrumentos eram utilizados de maneiras que não as convencionais e suas músicas inovaram o rock da época e das outras gerações. Isso inclui conjuntos de bronze e corda, assim como instrumentos indianos como o sitar em “Norwegian Wood (This Bird Has Flown)” e o swarmandel em “Strawberry Fields Forever”. Eles também utilizaram precocemente instrumentos eletrônicos, como o mellotron, que McCartney implentou junto com as vozes de flauta na introdução de “Strawberry Fields Forever”, e o clavioline, teclado eletrônico que criou um som não-usual em “Baby You’re a Rich Man”.

Em fevereiro de 1994, os três Beatles ainda vivos se reuniram para produzirem e gravarem canções adicionais para algumas gravações que eram de Lennon. Uma dessas canções, “Free as a Bird” estreou como parte da série de documentários The Beatles Anthology e lançada como compacto em dezembro de 1995, seguida de “Real Love” em março de 1996. Essas canções também foram incluídas nas três coleções de álbuns da Anthology, lançados em 1995 e 1996, cada uma composta por dois CDs de um material inédito dos Beatles, nunca lançado antes. Klaus Voormann, que tinha conhecido os Beatles desde a excursão em Hamburgo, e que tinha anteriormente ilustrado a capa do Revolver, dirigiu a concepção da capa do Anthology. Cerca de 45 mil exemplares do Anthology 1 foram vendidos em seu primeiro dia de lançamento. Em 2000, surgiu a compilação One, contendo quase todas as canções da banda de 1962 a 1970. A coleção vendeu 3,6 milhões de cópias em sua primeira semana e mais de 12 milhões de euros em três semanas em todo o mundo. A coleção também chegou ao primeiro lugar nos Estados Unidos e em outros 33 países, e tinha vendido 25 milhões de cópias em 2005 (tornando-se o nono álbum mais vendido de todos os tempos).

A discografia brasileira começa com capas e seleções de música diferente das versões inglesa e americana. Os álbuns também possuiam nomes diferentes dos LPs ingleses e americanos, com exceção de Os reis do Iê Iê Iê (versão igual ao Lp inglês chamado A Hard Day’s Night):
Beatlemania (1963)
Beatles Again (1964)
Os Reis do Iê, Iê, Iê (1964)
Beatles 65 (1965)
Help! (1965)

A partir de Rubber Soul, a discografia brasileira seguiu os lançamentos ingleses:
Rubber Soul (1965)
Revolver (1966)
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
The Beatles ou Álbum Branco (1968)
Yellow Submarine (1968)
Abbey Road (1969)
Let it be (1970)

Coletâneas
The Early Years (1971) – músicas com Tony Sheridan
Beatles forever (1972) -coletânea rara (primeira prensagem), pois a música Penny Lane tem dois erros (parada na música e um erro de rotação,se for da primeira tiragem)
Hey Jude (álbum) (1970) -coletânea
The Beatles 1962/1966 (1973) -coletânea
The Beatles 1967/1970 (1973) -coletânea

OS 10 ÁLBUNS MAIS VENDIDOS
#1 Meet the Beatles – Pop Album – 1964
#1 A hard Day’s night – Pop Album – 1964
#1 The Beatles Second Album – Pop Album – 1964
#1 Beatles ’65 – Pop Album – 1965
#1 Beatles VI – Pop Album – 1965
#1 Help – Pop Album – 1965
#1 The Beatles Yesterday & today – Pop Album – 1966
#1 Revolver – Pop Album – 1996
#1 Rubber Soul – Pop Album – 1966
#1 Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band – Pop Album – 1967
#1 Magical Mystery Tour – Pop Album – 1968
#1 The Beatles (White Album) – Pop Album – 1968
#1 Abbey Road – Pop Album – 1969
#1 Let It Be – Pop Album – 1970
#2 Introducing The Beatles – Pop Album – 1964
#2 Something New – Pop Album – 1964
#2 Hey Jude – pop Album – 1970

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